A morte inesperada do vocalista da banda Charlie Brown Jr causou comoção entre músicos e produtores do Brasil inteiro. Sucesso nas rádios desde a década de 90, o estilo hard core e o lifestyle do skate e da praia de Santos marcavam o grupo, que influenciou gerações e esteve presente nos principais festivais de música do país, incluindo o Planeta Atlântida. Veja a manifestação de alguns artistas sobre o falecimento de Chorão. Leia mais:
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"Raimundos e Charlie Brown eram bandas irmãs mesmo, havia uma irmandade e um respeito muito grandes. O Chorão ir assim tão cedo é muito triste. É muito ruim para os amigos, a família, os fãs, e pro rock é uma perda incalculável. Quando o Raimundos saiu de cena, eles foram a banda que segurou a onda. Até hoje não vi ninguém completar esse buraco que o Charlie Brown estava segurando. Tô chateado pra caramba, fico triste por saber que o Chorão estava em uma fase muito ruim da vida dele. Não adianta dinheiro, não adianta sucesso, o coração é quem manda. Estou orando pela alma dele", Digão, vocalista e guitarrista do Raimundos
"Eu e toda banda estamos chocados com a morte súbita do Chorão. Sem dúvida nenhuma, o rock brazuca tá de luto. Ele estava vivendo um dos melhores momentos da vida dele, com experiência, sem deixar a atitude que sempre teve de lado. O melhor jeito de homenagear esse grande artista, que participou da gravação do nosso DVD, que tá pra ser lançado e ele estava louco pra curtir, é ser bom, autêntico, verdadeiro. Ele era uma das pessoas de mais atitude que conheci, sempre falou o que pensava, e também por isso tem tantos seguidores no mundo da música e fora dela", Mano Changes, vocalista da Comunidade Nin-Jitsu
"Pra mim foi um baque. Na época do primeiro disco, a turnê que eles fizeram em Juiz de Fora (MG), em 98, o Chorão ouviu falar que tinha um garoto que fazia freestyle e me chamou pra cantar e, quando acabou o show, ele falou que tinha certeza que a gente ia se encontrar novamente. E nos encontramos, no Planeta Atlantida, e sempre foi muito legal encontrar com ele. Não perdi um amigo, um companheiro de estrada. A gente perde uma referência de toda uma geração. Os músicos da geração do Chorão e depois dele, ele mudou todo o rock. O legado da obra dele é unico. É uma coisa que vai ser passada de geração pra geração. Ele construiu um mercado musical com muito louvor, são dez discos e já tinha material novo pra sair. Acho que nenhuma banda vai ocupar (o lugar deles), não existe isso, o Charlie Brown é único", disse Marcelo Mancini, vocalista do Strike
"O Coro Vai Comê foi uma das primeiras músicas que tirei quando eu era um guri descobrindo música. Em 2012, tive a oportunidade de trabalhar com o CBJR e o Chorão durante 2 dias Cara gente boa, true, profissional e querido com todo mundo em volta. Problemas e gostos a parte triste ele não ter ido dessa pra melhor com mais paz. Bless Chorão", Tiago Abraão, guitarrista e produtor da Wannabe Jalva por Facebook
"Eu gostava de Charlie Brown, mas nunca fui muito do Chorão, da postura dele. Ele era um poeta vagabundo, ele gostava de se denominar assim. Escrevia coisas bem pertinentes, tinha frases de músicas bem legais pro dia a dia, mas eu não gostava da postura. É com certeza uma grande perda, uma das últimas bandas de rock que fizeram grande sucesso no Brasil. Vai ficar uma lacuna e muita banda boa tentando entrar nesse espaço. Mas é uma banda que nunca vai morrer, sobreviveu por muito tempo, o Chorão, por mais que tenha acontecido a saída de integrantes, comprou a ideia, bateu no peito. Tem público, e a galera vai ficar carente", JJ, vocalista da Stereosound
"A gente ouve, a noticia invade a tua casa e tu não entende, fica estagnado. O Chorão pra mim, eu escuto os caras desde 1998, entrei na música por influência deles, o Chorão sempre foi uma marca de superação, de muita energia e um frontman impecável... Sempre que estou triste ou pensativo, escuto os caras e encontro aquela força pra seguir lutando sempre. A poesia perde um bocado com a ida desse cara. A música perde com isso. Mas enfim, seguir sempre foi o que ele deixou, continuar fazendo o que sonha, não desistir por ninguém, acreditar", Vinicius Boa Nova, vocalista da banda Cosmopolita