A dupla sertaneja Zé Neto e Cristiano comentou sobre o retorno aos palcos em entrevista ao Fantástico neste domingo (1º). Os dois suspenderam a agenda de shows por cerca de 90 dias para que Zé Neto pudesse passar por um tratamento contra depressão e síndrome do pânico.
Na conversa, o artista também comentou que o uso de cigarros eletrônicos trouxe consequências negativas para a sua saúde.
— Só me arrependo até hoje de ter fumado. O cigarro foi uma das piores coisas que aconteceram comigo. Acho até que foi o grande culpado da minha depressão ter piorado, porque atacou exatamente na coisa que eu mais amo fazer. Eu não conseguia cantar, não conseguia respirar, então comecei a ficar com medo de cantar — relatou.
O ritmo frenético de shows também contribuiu para o adoecimento de Zé Neto. Na entrevista, ele relembrou o momento em que pensou que "não aguentaria" mais se apresentar.
— É aquele ciclo vicioso de depressão: "Vamos empurrar mais um pouquinho". Foi aumentando. E o que era uma gotinha virou tempestade.
Para 2025, eles garantem que vão diminuir o número de apresentações, fazendo cerca de 12 por mês.
Donos dos hits Notificação Preferida, Largado às Traças, Barulho do Foguete, Amigo Taxista, entre outros, Zé Neto e Cristiano estão, há pelo menos 10 anos, entre as maiores duplas da atual geração da música sertaneja.
A parceria entre os artistas vem desde 2011, quando ainda se chamavam Zé Neto e Irineu. O sucesso chegou em 2018, com o lançamento do primeiro DVD, quando chegaram a fazer 34 shows por mês.