O nome de Rihanna, 36, tem sido relacionado ao caso do rapper e empresário Sean "Diddy" Combs, 54, preso desde 16 de setembro, nos Estados Unidos. Questionada por paparazzi na semana passada se havia participado das festas ou se envolvido nas polêmicas de Diddy, a artista se manifestou brevemente.
— Isso é loucura — disse ela, rindo (veja o vídeo abaixo).
Diddy é acusado de tráfico sexual, associação criminosa e transporte para fins de prostituição. Conforme o advogado das vítimas, Tony Buzbee, outras celebridades também devem ser processadas por ajudar a realizar e encobrir agressões sexuais.
Segundo a Justiça norte-americana, as festas promovidas em hotéis de luxo por ele, apelidadas de freak-offs, tinham uso excessivo de drogas e sexo forçado e, além disso, eram filmadas com intenção de intimidar os participantes posteriormente.
Músicas de artistas como Justin Bieber, Eminem e J. Cole têm sido apontadas pelo público como supostas denúncias contra as práticas do rapper, que aguarda julgamento em uma prisão em Nova York.
O que liga Diddy a Rihanna?
A ligação entre Rihanna e Diddy ocorre por meio de Jay-Z — ou Shawn Carter, marido de Beyoncé —, que é amigo e parceiro de negócios do rapper desde os anos 1990. Jay-Z gravou dois discos com R. Kelly, que foi condenado a 20 anos de prisão em 2022 por pornografia infantil e aliciamento de menores.
Aos 16 anos, em 2005, após ser descoberta por um caça-talentos, Rihanna viajou da ilha caribenha Barbados, sua terra natal, aos Estados Unidos para conhecer Jay -Z, que na época era presidente da gravadora Def Jam Recordings.
No ano seguinte, em entrevista ao programa The Tyra Banks Show, Rihanna contou como foi o seu primeiro encontro profissional com Jay-Z. Conforme o relato, ela estava sozinha em uma sala com o artista, que disse: "Existem duas maneiras de sair daqui. Eu passo pela porta com o contrato assinado ou por essa janela, e estamos no 29º andar".
A primeira música de Rihanna foi Music of the Sun, lançada em 2005, seguida pelo sucesso Pon de Replay. Ela seguiu na empresa até 2014, quando mudou para a Roc Nation, fundada por Jay-Z em 2008.
Essa história do início da carreira da cantora é a base de diversas teorias nas redes sociais, incluindo a de que Rihanna teria sido traficada pelos artistas.
Teorias da conspiração
A jornalista Liz Crokin, conhecida por repercutir teorias da conspiração, compartilhou, em maio deste ano, uma entrevista em que a cantora de hip-hop Jaguar Wright, que vem expondo supostos fatos sobre os crimes de Diddy, indica que Rihanna teria sido uma vítima de tráfico da indústria musical. No vídeo, Jaguar afirma que o pai da cantora teria recebido US$ 500 mil pela filha.
Jaguar também alega que o álbum ANTI (2016), de Rihanna, seria uma denúncia do que teria ocorrido com a artista. A imagem de capa do projeto, segundo ela, é "perturbadora" e seria uma "criança noiva com uma coroa e sangue em seu rosto", fazendo referência à teoria.
Em outra entrevista ao canal do YouTube, RealLyfe Productions, Jaguar afirma que Diddy vendeu uma filmagem de uma de suas festas por US$ 500 milhões. Na tal fita, apareceriam celebridades como Rihanna, Chris Brown, Justin Bieber e Drake. Jaguar diz que ela mesma participou das festas no início da carreira, mas "pulou fora".
Nenhum dos envolvidos se manifestou sobre as alegações de Jaguar Wright. Ao que se sabe, Rihanna, Jay-Z e Diddy mantinham uma relação profissional.
Fora dos palcos
O distanciamento de Rihanna dos palcos incentiva as teorias dos internautas. Suas músicas Man Down e Monster estão sendo citadas como supostas indiretas para Jay-Z e Diddy, apesar de já terem sido relacionadas pelos fãs ao antigo relacionamento de Rihanna com Chris Brown, que foi condenado por agredir a cantora em 2009.
Com exceção de um show no Super Bowl em 2023 e duas canções para a trilha sonora de Pantera Negra: Wakanda Para Sempre (2022), Born Again e Lift Me Up, Rihanna está afastada da indústria musical desde 2016. Neste período, empreendeu em moda e cosméticos de beleza com a marca Fenty.