Morto aos 58 anos nesta segunda-feira (30) após sofrer um infarto no palco, o músico sertanejo Juliano Cezar partiu enquanto fazia o que mais amava: cantar. O "cowboy vagabundo", como era conhecido nacionalmente, será velado hoje em Ribeirão Preto (SP), onde vivia, e em 1º de janeiro em sua cidade natal, Passos (MG).
Juliano Cezar sofreu uma parada cardiorrespiratória enquanto cantava Mete o Vanerão Aí, música alegre que, em suma, chama todos para festejar enquanto o eu lírico pede para o interlocutor tocar um vanerão, estilo de música típico do Rio Grande do Sul, mas também em São Paulo e Mato Grosso. Ao longo de suas três décadas de trajetória musical, foi mais ou menos o que o artista fez: usou a música para unir as pessoas.
Juliano Cezar gravou 10 álbuns e três DVDs, segundo seu site. O cantor começou a fazer sucesso com o hit Não Aprendi Dizer Adeus, composta por Joel Marques e posteriormente interpretada por Leandro e Leonardo. Pela canção, Juliano Cezar venceu em 1991 o Prêmio Sharp — hoje, com o nome Prêmio da Música Brasileira — como cantor revelação.
Em 2001, foi indicado ao Grammy Latino na categoria Melhor Álbum Romântico, com Vida de Peão. Entre outros hits, estavam também Cowboy Vagabundo, Rumo a Goiânia, Bem aos Olhos da Lua e Faz Ela Feliz. Em sua carreira, dividiu os palcos com nomes como cantor country norte-americano Garth Brooks, Rionegro & Solimões, e César Menotti & Fabiano.
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Antes de ser cantor, Juliano Cezar foi peão de rodeios e fazendeiro. Ele vivia em Ribeirão Preto (SP), cidade conhecida pelo cenário musical de sertanejo. Deixa esposa, mãe, irmã, sobrinhos, amigos e fãs.