Foi um showzão! Possivelmente, o Midnight Oil jamais voltará a Porto Alegre outra vez. E a despedida foi apoteótica. Aos 63 anos (não parece, mesmo!), Peter Garrett subiu ao palco do Pepsi on Stage na noite dessa terça-feira (25) vestindo um camisetão em animal print de oncinha.
King of the Mountain abriu o espetáculo, seguido de um esforçado "boa noite, Porto Alegreee". Mister Garrett, com seu jeitão de Joey Ramone mesclado com Ney Matogrosso e a simpatia de um labrador, dominou o palco como de costume. Não foi tão eloquente como no show de 1997 na Capital, no Sesc Campestre, tampouco doutrinou o público com o seu ativismo político, mas seguiu tentando interagir com um Pepsi quase cheio falando em português.
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Na primeira parte da apresentação de 1h50min, os hits ficaram por conta de Put Down that Weapon e Truganini. O Oil parecia estar preparando a garotada na faixa dos 40 anos para a segunda e sensacional metade do show – um espetáculo vintage, dando a sensação para quem estava lá de pegar uma vez mais a Freeway, aos 18 anos, com a prancha no carro e escutando caras como Australian Crawl, Spy, Hoodoo Gurus e... Midnight Oil.
Pois a parte final teve uma porrada atrás da outra: a icônica Beds are Burning abriu a série, que ainda teve The Dead Heart, Forgotten Years, Blue Sky Mine, Sometimes e, no bis, Dreamworld, para fechar o terceiro e último show dos ativistas australianos em Porto Alegre – a primeira cidade fora da Austrália a receber a turnê The Great Circle. Até breve, até sempre, Mister Garrett.
*ZERO HORA