Já é uma marca do Planeta Atlântida, mas a programação deste final de semana do festival evidencia ainda mais a diversidade musical que toma conta do Litoral Gaúcho nesta época do ano: a partir das 19h30min do segundo dia de festival, quando o rapper Projota sobe ao Palco Planeta, os planetários poderão curtir de funk carioca a rock'n'roll, de pagode a reggae, passando por R&B e tudo mais que pode pegar de surpresa quem for à Saba.
Uma das artistas que melhor exemplificam essa diversidade – uma marca da música brasileira, afinal de contas – é Anitta. Se por um tempo a cantora podia ser chamada de funkeira, hoje a carioca de 23 anos tem mais o estilo de uma estrela pop, que pode caminhar entre as baladas românticas (caso de Cravo e Canela, parceria com o vocalista Vitin, da banda Onze:20), ritmos latinos (Sim ou Não, com o colombiano Maluma) e o sertanejo, caso do mais recente sucesso da cantora, Loka, gravada ao lado de duas das maiores expoentes do chamado "feminejo", Simone e Simaria.
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– O lançamento de Loka é das meninas, eu apenas participo da faixa. Comemoro cada sucesso feminino no Brasil e no mundo – comenta a cantora, em entrevista a ZH, valorizando a pluralidade de influências que o Brasil apresenta em seu pop:
– Não acho que nossa música pop buscou ser parecida com nada lá fora. Se olharmos os artistas pop do nosso país, veremos uma identidade própria. E nossa característica é justamente essa, de mesclar ritmos e estilos, e fazemos isso como ninguém.
Além dela, o segundo dia de Planeta Atlântida reserva o reggae power do Natiruts, o pagode dos guris do Sorriso Maroto e o rock clássicos dos brasilienses do Capital Inicial. O encerramento do festival fica por conta da dupla Jeremih e Ludmilla, que sobe ao palco às 3h – o gringo deve apresentar o seu R&B com tempero hip-hop ao lado da funkeira carioca, com quem gravou Tipo Crazy. Lud promete cantar ainda seus maiores sucessos, como Sem Querer, Hoje, Te Ensinei Certin e 24 Horas por Dia. Para Anitta, a oportunidade de tocar no mesmo palco de outra importante artista feminina do Brasil é algo digno de nota:
– O movimento feminista é e será fundamental para todas nós. A música ajuda a passar uma mensagem de empoderamento. Muitas artistas utilizam a música para propagar ideias. Acredito que o sucesso de cada mulher reforça e é uma vitória para todas as outras – celebra a cantora, que aproveita para deixar claro qual é a sua preferência dentre todos os estilos que desfilarão pelo Planeta Atlântida neste sábado: – Sou consumidora e admiradora de funk. Eu amo. Quem acompanha minhas playlists e redes sociais sabe disso, vira e mexe eu coloco um funk de fundo musical. A vida fica mais divertida e leve!