Na entrada da Feira do Livro de Porto Alegre, na Rua da praia, no centro da Capital, um grupo de ativistas da organização Internacional Anonymous for the Voiceless realizou uma performance para alertar a respeito das consequências do consumo de alimentos de origem animal. A entidade é um grupo ambiental de luta pelo direitos dos animais presente em vários países do mundo.
Sob a garoa fina que marcou o domingo (10) na Praça da Alfândega, quatro ativistas usando a máscara de Guy Fawkes popularizada pela adaptação cinematográfica de
V de Vingança, de Alan Moore, postaram-se de costas um para os outros, cada um mirando um ponto cardeal. Cada manifestante segurava uma smart TV ou um laptop exibindo cenas gravadas em frigoríficos e abatedouros de várias partes do mundo, do Brasil à Nova Zelândia. Nas imagens, bois, porcos e frangos eram abatidos para consumo.
Ao redor dos quatro manifestantes que formavam o que a Anonymous for the Voiceless chama de “cubo da verdade”, uma dúzia de outros ativistas conversava com as pessoas que se aproximavam explicando a razão do ato.
— Queremos mostrar ao público o que chamamos de “referente ausente”, ou seja, o que é necessário para que a carne seja levada à mesa de quem consome. Queremos levantar esse véu. Nenhum desses lugares mostrados nas imagens é clandestino ou ilegal, todos seguem as normas, mas queremos que as pessoas enxerguem que a escolha de consumo da carne gera resultados que têm impacto na vida desses animais, e que o “bem-estar” animais nesses lugares é um discurso ilusório — comentou Fernando Antunes, um dos integrantes do grupo.