Completando sua 30ª edição este ano, a Fenadoce de Pelotas relembra histórias e personagens inesquecíveis que fizeram da feira um marco nacional. Com a tradição doceira de Pelotas, a produção de doces se tornou uma referência cultural da região e foi oficializada como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) em 2018.
Mas a confecção dos doces finos de Pelotas marca não apenas a localização do munípio nos mapas, como também registra a grande contribuição de dezenas de famílias imigrantes de diferentes países que se estabeleceram no sul do Brasil. Estrangeiros esses que trouxeram diferentes receitas originais de doces, adaptadas ao longo dos anos para os atuais 15 doces certificados de Pelotas.
A principal tese está no fato de que a produção de charque, atividade econômica central da região no fim do século 18, influenciou diretamente o desenvolvimento das receitas dos doces. Isso por que a venda de carne para o Nordeste do país permitiu acesso direto ao açúcar que era produzido naquela região, e onde o transporte acontecia pelos mesmos navios.
O açúcar, como moeda de troca, chegou às cozinhas das fazendas de Pelotas, onde surgiram as primeiras receitas feitas por portuguesas e africanas. Posteriormente, complementadas pelo modo de fazer dos imigrantes alemães e franceses.
Em 1986, com o começo de uma estrutura de mais de 50 mil metros quadrados que abrigava 52 estandes cobertos e mais 40 na área ao ar livre, começou a história da Fenadoce. Desde então, o reconhecimento, prestígio e valorização do empenho em montar a maior Feira doceira do país transformaram o turismo de Pelotas e ampliaram ainda mais o alcance das maravilhas da cidade.
– Dali para a frente foi um marco na questão de mostrar a cultura doceira da história de Pelotas para o Brasil. E sempre defendi, aqui não é uma festa do doce, mas sim uma Feira Nacional do Doce, pois foi o local de partida para diversos negócios, ações fortes na cidade, entre outras diversas parcerias importantes para o Estado – afirma o conselheiro da CDL Pelotas, José Laitano.
Registradas ao longo dos anos pelas edições do jornal Zero Horas e através das câmeras da RBSTV, confira todas essas memórias e mais um pouco na websérie Doce História, construída em parceria com a CDL de Pelotas.
30ª FEIRA NACIONAL DO DOCE - FENADOCE
Quando: de 17 de julho a 4 de agosto de 2024
Onde: Centro de Eventos Fenadoce (Av. Pinheiro Machado, 3.390, no bairro Fragata), em Pelotas
Mais informações em fenadoce.com.br