Aos poucos, espaços culturais, como teatros e auditórios, voltam a ter programação no Rio Grande do Sul. Bastante impactado pela enchente do mês de maio, o setor de eventos gaúchos vivencia uma retomada. De acordo com um relatório divulgado pela Assembleia Legislativa do Estado, houve o cancelamento e adiamento de 242 eventos no Estado. Ainda, Porto Alegre registrou 66 espaços com atividades ou acervo cultural afetados pelas chuvas.
Líder do mercado e utilizada por vários produtores gaúchos, a plataforma Sympla, voltada para gestão de eventos, investe em diferentes frentes para seguir fomentando o mercado no Estado. Um dos primeiros movimentos da Sympla para colaborar com o Rio Grande do Sul se deu ainda nos primeiros dias após o início da enchente, quando a empresa apoiou a Humus, associação que atua em desastres relacionados a eventos naturais extremos em todo o mundo e que trabalhou no resgate às vítimas.
Logo, surgiram várias demandas de empresas e produtores interessados em organizar eventos de apoio ao povo gaúcho. Foi então que a plataforma criou o Ajuda RS, uma coleção localizada no site e aplicativo da Sympla voltado para essas propostas. A plataforma também foi patrocinadora de shows beneficentes que tiveram as rendas destinadas ao Estado, como o realizado pela banda Jota Quest no último final de semana, no Auditório Araújo Vianna, em Porto Alegre.
Com o propósito de conectar as pessoas a experiências únicas, a plataforma já realizou mais de 2,2 milhões de eventos e atendeu mais de 356 mil produtores em quatro mil cidades durante seus 12 anos de atuação.
Na entrevista a seguir, o Diretor de Operações e Relacionamento da Sympla, Camillo Rinaldi, fala sobre o trabalho de apoio ao setor. Confira:
Como a Sympla buscou formas para apoiar de maneira mais assertiva cada perfil empreendedor da área de eventos?
Junto aos pequenos produtores, percebemos que temos um papel social muito importante. Muitos utilizam a Sympla para complementar a renda ou mesmo como principal fonte financeira. Uma amostra da resiliência do povo gaúcho é que esses projetos estão voltando quase a patamares pré-desastre. Queremos apoiar essa comunidade para voltar a sua normalidade e voltar a ter suas receitas e compartilhar conteúdo e conhecimento. Em casos como o do Araújo Vianna, nossa preocupação vai no sentido das reformas necessárias para estes espaços maiores voltarem a funcionar. A própria reorganização dos eventos é um caminho para garantir a volta desses espaços. Por isso, flexibilizamos alguns prazos e ajudamos em processos de adiamento, por exemplo.
Atualmente, a Sympla conta com mais de 50 mil eventos simultâneos ativos e segmentou suas ajudas, buscando colaborar com propostas como os shows beneficentes da banda Jota Quest, Dias Melhores RS: Música e Solidariedade. Que outros auxílios foram colocados em prática para colaborar com o Estado?
Para propostas gratuitas, não cobramos nenhuma taxa dos produtores. Já em eventos pagos, existe a cobrança de 10% do valor do ingresso, mas, pensando na retomada pela qual passa o Rio Grande do Sul, essa taxa tem sido negociada, inclusive para favorecer a cadeia de colaboradores envolvidos nas iniciativas.
Qual a importância dos eventos como uma forma de acolhimento da sociedade gaúcha, especialmente após catástrofes como a ocorrida há dois meses?
O consumidor do Rio Grande do Sul dentro da nossa plataforma tem grande interesse em eventos dos mais variados tipos. Após a pandemia, as pessoas perceberam a importância dessas iniciativas e as colocou entre as suas prioridades. Isso ajuda o setor a ter uma retomada mais rápida.