O ator Alec Baldwin pode ser acusado novamente por homicídio culposo após o fatal incidente no set do filme Rust, em 2021, que tirou a vida Halyna Hutchins. A diretora de fotografia morreu ao ser atingida pelo disparo acidental de uma arma carregada durante as gravações do faroeste.
Em atualizações do caso, um novo relatório forense afirmou que a arma de Baldwin só poderia ter sido disparada se ele puxasse o gatilho. O documento contraria a posição do ator, que diversas vezes sustentou a versão de que nunca puxou o gatilho.
Segundo Baldwin, ele apenas puxou o cão do revólver, a pedido da diretora de fotografia, para a gravação de uma cena em close-up. Na época, os promotores foram informados de que a arma poderia ter sido modificada antes do ocorrido e, por isso, teria apresentado defeito. O ator foi absolvido das acusações em abril.
Um advogado de Hannah Gutierrez-Reed, a supervisora de armas no set de filmagem, divulgou o novo relatório em um processo judicial nesta terça-feira (15). Hannah também é investigada e se declarou inocente de homicídio culposo e adulteração de provas no caso. Seu julgamento está marcado para dezembro.
No novo relatório consta que, ao reconstruir o objeto, especialistas concluíram que a arma disparou conforme projetada. Segundo o documento, se o gatilho não fosse puxado, o tiro teria sido impedido por medidas de segurança presentes no revólver.
"Embora Alec Baldwin negue repetidamente ter puxado o gatilho, dados os testes, descobertas e observações relatadas aqui, o gatilho teve que ser puxado ou pressionado o suficiente para liberar o cão totalmente engatilhado ou retraído do revólver de evidências", afirma a análise de Lucien Haag, dos Serviços de Ciência Forense no Arizona. Há rumores de que um anúncio formal de novas acusações contra Baldwin possa acontecer em breve.