Um processo por direitos autorais foi aberto nesta segunda-feira (6) no tribunal federal da Califórnia contra a Paramount Pictures em relação a Top Gun: Maverick, filme lançado em 27 de maio com grande sucesso de bilheteria. Os autores da ação são Shosh Yonay e Yuval Yonay, viúva e filho mais velho de Ehud Yonay, jornalista autor do artigo no qual o longa Top Gun: Ases Indomáveis (1986) foi inspirado.
A Paramount comprou os direitos do artigo para produzir o filme em 1985. Yonay foi citado nos créditos do primeiro Top Gun, mas não aparece no novo longa.
De acordo com a lei americana, fechados 35 anos (o que ocorreu no início de 2020), o estúdio teria de pagar novamente pelos direitos — agora para a família do jornalista. Yonay morreu em 2012 e a administração do seu legado ficou com a viúva e o filho mais velho.
Conforme o portal Deadline, os advogados da família teriam entrado em contato com a Paramount para evitar a ação judicial, mas não tiveram sucesso.
"Apesar de a sequência de 2022 ser claramente derivada da história original, a Paramount conscientemente falhou em assegurar uma licença de direitos autorais fílmicos e suplementares, desrespeitando a lei de copyright vigente", diz o texto, que exige que o caso vá a julgamento, que a família seja compensada financeiramente e que Top Gun: Maverick saia de exibição dos cinemas.
A Paramount alega que havia completado a maior parte do filme ainda em janeiro de 2020, ou seja, dentro do prazo legal de direitos autorais e que, portanto, não teria obrigação de pagar novamente por eles para lançar a sequência, que traz Tom Cruise de volta no papel principal.
"Essas alegações não têm mérito e nos defenderemos vigorosamente", disse um porta-voz da Paramount, em resposta ao processo, ainda nesta segunda.