Johnny Depp ganharia US$ 22,5 milhões pelo sexto filme da franquia Piratas do Caribe, mas, depois que sua ex-mulher Amber Heard o acusou de violência doméstica, a Disney descartou o projeto, informou nesta segunda-feira (2) o agente do ator.
Jack Whigham, que prestou depoimento por vídeo a um tribunal dos arredores de Washington, nos Estados Unidos, onde é realizado há três semanas um julgamento envolvendo os ex-cônjuges, disse que a coluna de Amber no Washington Post foi "catastrófica" para a carreira de Depp em Hollywood.
— Depois do artigo, foi impossível conseguir um filme de estúdio para ele — contou Whigham ao júri de sete pessoas no tribunal de Virgínia. Agente de Depp desde 2016, ele disse que um acordo havia sido fechado com a Disney para que o ator voltasse a interpretar Jack Sparrow no sexto filme da franquia, no valor de US$ 22,5 milhões.
A Disney, no entanto, decidiu seguir por "uma direção diferente" após a publicação do artigo de Amber no jornal, em dezembro de 2018, segundo Whigham.
Depp processou Amber por difamação pela coluna que ela escreveu para o Post, na qual ela se descreveu como "uma figura pública que representa a violência doméstica". Questionado pelos advogados de Amber, Whigham disse que o acordo com a Disney sobre a compensação de Depp por um novo filme Piratas do Caribe foi verbal.
Também depôs nesta segunda Travis McGivern, membro da equipe de segurança de Depp. Ele disse que testemunhou uma discussão entre o casal em sua cobertura em Los Angeles, durante a qual Amber deu um soco no rosto de Depp, lançou uma lata de bebida e cuspiu no ator.
O guarda-costas disse que escoltou Depp, "para a segurança dele":
— Era hora de fazer o meu trabalho e tirá-lo de lá — relata.