O diretor de operações do GNC Cinemas, Ricardo Difini Leite, afirmou nesta terça-feira (13) que o decreto permite a reabertura das salas de exibição é um bom começo, mas as restrições impostas podem prejudicar o faturamento do setor. Em entrevista ao Gaúcha+, ele lembrou que em outros Estados do Brasil a capacidade das salas foram limitadas a, em sua maioria, 40% ou 50%, enquanto que no Rio Grande do Sul o número está em 30%.
— É uma redução bastante significativa. A gente tem absoluta certeza se fôssemos fazer uma análise financeira, não valeria a pena nós reabrirmos os cinemas, isso é 100% certo. Mas nós precisamos desse início, desse recomeço, mesmo sabendo que nós vamos ficar provavelmente uns três meses ainda trabalhando de forma deficitária — afirmou.
Segundo Leite, está sendo solicitado uma revisão para que a restrição seja menor. Na pior das hipóteses, estimou ele, seria uma restrição de 40% do público na bandeira laranja e 50% na bandeira amarela. Em termos financeiros, explicou, a venda de alimentos será uma das protagonistas da reabertura.
— Foram autorizadas a compra de alimentos, o consumo de alimentos dentro das salas de cinema. Para isso, o decreto do governador limita a capacidade total de 30% dos espectadores. Então, isso vai ocorrer. Como a limitação já é bastante grande, sem o consumo de alimentos fica totalmente inviável a abertura dos cinemas — disse.
Ouça, abaixo, a entrevista na íntegra:
Quanto aos protocolos, o diretor de operações frisou o fato de que está tudo sendo feito da maneira mais segura possível. Serão colocadas marcações no chão para garantir o distanciamento em filas, as sessões não terminarão simultaneamente, a saída das salas será ordenada e ainda será feita a desinfecção do local. Além disso, todas as poltronas adjacentes ficarão bloqueadas, e apenas pessoas do mesmo convívio familiar poderão ficar sentadas juntas.
Sobre a disponibilidade de novos filmes, Leite adiantou que os cinemas contarão com novos lançamentos. Apesar de diversos longas terem adiado suas datas de estreia, ainda há obras que vieram ao cartaz mesmo em meio à pandemia.
— Realmente aconteceu com essas mudanças de data, que é algo compreensível, que os produtores queiram lançar seu produto no momento que as restrições não sejam tão grandes. A nossa expectativa é que a gente possa, em Porto Alegre e na maioria das cidades, já estarmos abertos para exibir o Tenet. O próprio Trolls, da Universal Studios não foi para plataforma streaming no Brasil e está aguardando para no dia 3 de dezembro estrear aqui, assim como a Mulher Maravilha no Natal — explicou.