A atriz Olivia de Havilland morreu na noite desse sábado (25) aos 104 anos. De acordo com o site Entertainment Weekly, a atriz faleceu de causas naturais enquanto dormia em sua casa em Paris.
Uma das últimas sobreviventes da era de ouro de Hollywood, De Havilland ficou conhecida em E o Vento Levou, clássico de 1939 em que interpretou Melanie, a rival da protagonista Scarlett O'Hara. Durante a carreira, ela ganhou dois prêmios Oscar pelos filmes Só Resta uma Lágrima (1946) e Tarde Demais (1949).
Carreira
Embora tenha ficado mais conhecida por papéis dramáticos, Olivia de Havilland começou em Hollywood como a parceira de aventuras de Errol Flynn em filmes como O Capitão Blood (1935), A Carga de Cavalaria Ligeira (1936) e As Aventuras de Robin Hood (1938).
Em E o Vento Levou, De Havilland interpretou Melanie, que era alvo inveja de Scarlett O'Hara (Vivien Leigh), que cobiça o seu marido, Ashley (Leslie Howard). No decorrer da história, as rivais percebem que são mais fortes juntas, e se tornam hesitantes aliadas.
A atriz também se destacou em suspenses como Espelho D'Alma (1946), A Dama Enjaulada (1964) e Com a Maldade na Alma (1964). Seu último trabalho foi na TV, em que venceu um Emmy e um Globo de Ouro pela minissérie Anastácia: O Mistério de Ana (1986). Seguiu atuando até 1988, se afastando então dos holofotes para viver em Paris, na França.
Herança
Além das aparições marcantes no cinema, Olivia de Havilland ficou conhecida por derrubar o "studio system", esquema através do qual os grandes estúdios de Hollywood controlavam totalmente as carreiras dos atores, ditando quais papéis eles deveriam interpretar.
Em 1943, insatisfeita com os filmes que a Warner Bros a enviava, a atriz processou o estúdio e venceu, livrando-se do seu contrato e estabelecendo precedente para a ratificação de uma lei trabalhista que impede relações similares entre empregados e empregadores, conhecida até hoje como Lei De Havilland.