Morreu a artista, ficou sua obra. A presença da cineasta Agnès Varda (1928–2019), fundamental sobretudo nos documentários nos quais se transformou em personagem de si mesmo, dava um caráter diferenciado para essa assertiva. Ela se foi, aos 90 anos, em um momento de criatividade e prolificidade (há menos de dois anos lançou o excelente Visages, Villages; há dois meses apresentou o elogiado Agnès by Varda), e seus filmes ficaram. Nesses filmes, no entanto, a impressão que temos é de que sua figura segue ali, cativante, generosa, compartilhando inquietações íntimas que nos fazem refletir sobre a imagem, a memória, a vida a partir das possibilidades e impossibilidades da representação.
Memória
Varda essencial: o que fica de um dos maiores nomes do cinema moderno
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Daniel Feix
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