O Sindicato de Produtores Cinematográficos dos Estados Unidos (PGA, na sigla em inglês) abriu na última segunda-feira (16) um processo para expulsar Harvey Weinstein, alvo de inúmeras denúncias de assédio e abuso sexual. A diretoria do sindicato decidiu "por unanimidade iniciar o procedimento para acabar com a participação" do outrora magnata de Hollywood.
"O senhor Weinstein terá a oportunidade de responder (às acusações) antes que o sindicato tome uma decisão em 6 de novembro", indicou em comunicado. O PGA não disse quando será essa audiência.
O produtor de 65 anos caiu em desgraça quando o jornal The New York Times publicou em 5 de outubro um explosivo artigo sobre o seu assédio contra atrizes e outras mulheres. Desde então foram feitas acusações públicas, que incluem cinco de estupro.
"O assédio sexual de qualquer tipo é completamente inaceitável. Esse é um problema sistêmico e generalizado que requer a imediata atenção da indústria", acrescentou a PGA, que criou uma comissão para investigar e propor soluções sobre a questão. A junta diretora do sindicato é composta por 20 mulheres e 18 homens.
A Academia das Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos expulsou Weinstein no último sábado (17). "Não só nos distanciamos de alguém que não merece o respeito de seus colegas como enviamos uma mensagem para que termine a era de ignorância deliberada e vergonhosa cumplicidade em nossa indústria", informou o anúncio. A Academia Britânica de Artes Cinematográficas e de Televisão (Bafta) o suspendeu na quarta-feira passada.
O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou no domingo ter "iniciado os trâmites" para que fosse retirada a Legião de Honra, a maior condecoração francesa, oferecida ao produtor.
* AFP