Antecedido pela polêmica acerca de qual representante o Brasil indicaria para disputar uma vaga entre os finalistas ao Oscar de filme estrangeiro deste ano, Pequeno segredo enfim entrou em cartaz na Capital. Debates à parte, o longa dirigido por David Schurmann – que bateu o favorito Aquarius na briga pela cobiçada estatueta dourada – estreia com boas chances de comover o público contando uma emocionante história real em que o amor incondicional de uma mãe confronta a doença, o preconceito e a morte.
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Pequeno segredo narra alternadamente duas tramas que convergem para uma mesma narrativa na metade do filme. De um lado, acompanha-se a convivência dos navegadores Vilfredo (Marcello Antony) e Heloísa Schurmann (Júlia Lemmertz) com a filha Kat (Mariana Goulart), garota de 12 anos adotada pelo casal quando criança e que desconhece sua real doença – a menina é soropositiva. Ao mesmo tempo, o roteiro volta no tempo para mostrar como se conheceram os pais biológicos de Kat: trabalhando no Pará, o neozelandês Robert (Erroll Shand) acaba se apaixonando pela brasileira Jeanne (Maria Flor), para desgosto da mãe arrogante e preconceituosa do gringo – interpretada pela irlandesa Fionulla Flanagan.