Marçal Aquino, criador da série que estreia no dia 20 de setembro, marcou presença no Festival de Gramado. Um trailer estendido da série Supermax foi exibido nessa sexta-feira, no Palácio dos Festivais. No vídeo de aproximadamente sete minutos, foram coladas cenas da atração. Depois do trailer, seguiu-se debate com Marçal Aquino e Fernando Bonassi, criadores do projeto ao lado de José Alvarenga Jr. – que assume a direção da série da Globo, cuja estreia será no dia 20 de setembro.
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Misturando diferentes gêneros – como ficção científica, terror e ação –, a série tem sido divulgada como transgênera. Na trama, 12 participantes entram para um reality show que se passa em uma prisão de segurança máxima na Amazônia. Além de concorrerem a um grande prêmio, eles também compartilham de um passado em comum e precisarão lidar com seus próprios fantasmas e medos. O seriado tem no elenco nomes como Cleo Pires e Mariana Ximenes.
A ideia inicial do trio de criadores, que já haviam trabalhado juntos em Força-Tarefa e O caçador, era trabalhar com algo envolvendo confinamento.
– Queríamos trabalhar com um grupo maior de personagens e evitar um protagonista. E chegamos ao número de 12, numa prisão de segurança máxima. Aí teríamos um problema: só haveria personagens masculinos, sem mulheres. Então o projeto virou um reality show em uma prisão na Floresta Amazônica – explica Marçal.
A elaboração do roteiro da série foi coletiva, com autores especialistas em diferentes áreas como Denison Ramalho (terror), Raphael Draccon (fantasia) e Bráulio Mantovani (policial). Completam o time Juliana Rojas (Trabalhar cansa) e Carolina Kotscho (2 filhos de Francisco). Sem revelar valores, os criadores comentaram que houve um alto investimento na produção e tecnologia para os efeitos especiais da série.
– Acho que certas coisas só podem ser feitas por esta casa, por esta indústria no Brasil. Supermax é um exemplo disso – relata Bonassi.
Maiores detalhes da trama não foram entregues no debate, mas foi adiantado que não haverá um protagonista em cada episódio.
– A medida em que a história vai avançando, um dos personagens se eleva um pouco mais naquele episódio, mas, no mesmo episódio, há outros dois que contracenam em situação de protagonismo, por exemplo – ressalta Marçal.
Supermax internacional
O projeto é ambicioso e já teve seu formato exportado para uma versão internacional da série, de produção argentina e com Cecilia Roth no elenco, que aproveita a estrutura brasileira – tanto que a prisão montada no Projac, no Rio de Janeiro, é a mesma da atração hermana.
– O que vai se ver em Supermax ainda não foi feito. Vai estabelecer um novo padrão na televisão brasileira – pontua Marçal.
Uma segunda temporada não está descartada.
– Vai depender da avaliação do público – aponta o roteirista e criador da série.