Neste ano, em março, com a chegada da Helena, eu e Loraine nos tornamos avós pela segunda vez. Meu filho Leonel e minha nora Ana Paula já haviam nos presenteado com o Ricardo, que nasceu em outubro de 2017.
Como filhos, ou mesmo como pais e mães, não tenho certeza de que tenhamos o relativo distanciamento para acompanhar e avaliar o que é, de fato, a tarefa de uma mãe. Claro, à medida em que amadurecemos, vamos criando, além do amor, que começa muito antes, uma gratidão e uma admiração muito grande pelo esforço que, não é difícil supor, foi empreendido por nossas mães para nos criar.
Como pais, passamos pela experiência de ver nossos filhos crescendo e acompanhamos essa evolução tão de perto, e envolvidos com tantas outras coisas ao mesmo tempo, que, quando a gente se dá conta, eles já são adultos, o tempo passou voando e os netos estão chegando. É na maturidade que, talvez, surja a melhor oportunidade para perceber o verdadeiro papel que uma mãe desempenha. E isso é fascinante.
O envolvimento de uma mãe com seus filhos é algo tão trabalhoso quanto mágico. Essa é a chance que a vida me proporciona neste momento. Testemunhar uma criança se desenvolvendo e constatar a trabalheira que isso representa só pode, cada vez mais, despertar em nós uma consideração.
E essa é a forma de compreender por que as mães merecem tamanha veneração. Não que os pais não sejam igualmente importantes — e, felizmente, agora, mais e mais participativos nessa empreitada —, mas a cumplicidade com um ser gerado no interior do seu ventre ou adotado por vocação para a maternidade é algo único.
Aproveito este espaço para homenagear todas as mães. As que vivem, e as que já se foram. Meu respeito a dona Nilce, minha mãe, e a minha avó Fermina, mãe dela. Meu carinho máximo a Loraine, mãe do Leonel e da Letânia, nossos filhos. Meu beijo para Maria Teresa, minha irmã e mãe da Bianca e do Miguel, e mais um para a outra irmã, Maria Betânia, mãe do Bruno e da Luíza. Para finalizar, meu muito obrigado à Fátima, mãe da Juliana e da Ana Paula, essa última, responsável por tanta alegria no crepúsculo da nossa existência.