Foi nos anos 1960 que Porto Alegre viveu o grande ciclo das mais badaladas boates. Quase todas de vida efêmera. As principais situavam-se ao longo da Avenida Independência ou nas proximidades. Até hoje são lembradas por saudosistas, seus antigos frequentadores.
A lista deve ser aberta pela pioneira do grupo, Crazy Rabbitt (na Garibaldi), seguida pela mais famosa, a Encouraçado Butikin (1965), a Baiúca (1962), que no final passou a ser chamada de Vila Velha, La Locomotive (1964), Scavi (1968), Whisky a Gogo (1970), Barroco, Paraphernalia (1966), Le Club (Rua João Telles), Água na Boca (1979, Praça do Portão), Dancin’Days (1971), Flower’s (1971, Praça Jayme Telles), Scalaris (Av. Getúlio Vargas), Velha Guarda (Ipiranga/Getúlio).
Não podemos esquecer ainda da casa que se transformou no complemento de tudo, o restaurante Tia Dulce, verdadeiro refrigério pós-farra, com sua famosa sopa de cebola, que "acordava até defunto fresco", no dizer de um veterano frequentador da área.
Alguns nomes entre os principais empreendedores da noite porto-alegrense daquela época: Rui Sommer (1939-1972), Carlos Heitor Azevedo, Gilberto Dietrich, Rui Dalla Piccola, Edmund Halin Rihan, Raul Moreau (1943-2016), Éldio Macedo, Omar Silveira da Cruz (ex-comandante da Varig), Dudu Alvarez, Fernando Vieira, Jorge Salim (1946-2004) e Pedro Melo (1954-2016).
Entre as presenças mais citadas pelas colunas sociais das noites da Capital, alguns nomes merecem destaque, como Gilda Marinho, Tatata Pimentel, Roberto Gigante, Paulo Gasparotto, Claudinho Pereira, José Antônio Daudt, Ieda Maria Vargas, Dyrson Cattani, Renato Rosa, Toninho do Escaler, o casal Milton Mattos e Ivette Brandalise, além de outros. (Uma das nossas fontes foi o livro Na Ponta da Agulha, de Claudinho Pereira, da Editora da Cidade, 2012.)