
O ator e policial Carlos Miranda, o inesquecível Vigilante Rodoviário, morreu nesta segunda-feira (17) no interior de São Paulo. Aos 91 anos, ele estava internado em hospital de São João da Boa Vista. Miranda foi o primeiro herói brasileiro de uma série de TV. Depois do sucesso na tela, ingressou na carreira de policial rodoviário.
O Comando de Policiamento Rodoviário do Estado de São Paulo comunicou que o velório será realizado na Assembleia Legislativa de São Paulo. O sepultamento ocorrerá na terça-feira (18), às 10h, no Mausoléu da Polícia Militar, no Cemitério do Araçá. A morte foi por causas naturais.
Carlos Miranda foi protagonista da série O Vigilante Rodoviário, exibida a partir de 1962 na TV Tupi. Na década de 1970, a TV Globo reprisou os episódios sobre as aventuras do vigilante rodoviário Carlos e do cão Lobo. As gravações a bordo de uma motocicleta Harley-Davidson e de um Simca Chambord ocorreram na Rodovia Anhanguera, em São Paulo.

O cineasta Ary Fernandes criou um herói nacional. No total, foram 38 episódios da série. O vigilante e o cão também foram colocados em aventuras nos gibis. No cinema, foram nove filmes produzidos a partir da compilação de episódios da televisão.
O diretor e os protagonistas da série O Vigilante Rodoviário vieram a Porto Alegre em março de 1963 para a divulgação do primeiro filme. Ary Fernandes, o ator Carlos Miranda e o cão Lobo foram recepcionados pelo governador Ildo Meneghetti no Palácio Piratini.

Nascido em 29 de julho de 1933, Miranda começou a carreira, aos 15 anos, como cantor de circo e de parques de diversões. Devido ao sucesso na TV e no cinema, o ator foi convidado para ingressar na carreira de policial rodoviário. Ele tinha feito o curso de preparação antes de interpretar o Vigilante Rodoviário. Em 1998, passou para a reserva como tenente-coronel.