A taxa de ocupação de leitos privados de UTI no Rio Grande do Sul chegou a 99,9% na tarde desta quarta-feira (2). O marcador estadual reflete o esgotamento dos leitos privados em quatro das sete macrorregiões de saúde.
Nesta quarta, a situação nos leitos privados de UTI é mais grave nas macrorregiões Vales, Norte, Serra e Sul. Elas têm, respectivamente, 200%, 111,7%, 106,2% e 100% de ocupação.
As macrorregiões Missioneira (93,3%) e Metropolitana (96,3%) aparecem na sequência, com indicadores críticos na rede privada de UTIs. Apenas na macrorregião Centro-Oeste o indicador do sistema privado está em situação mais confortável: 78,8%.
Quando a ocupação ultrapassa 100%, isso significa que há mais pacientes sendo atendidos em situação de tratamento intensivo do que o total de leitos oficialmente abertos. Em outras palavras, significa que o atendimento intensivo ocorre com algum grau de improvisação, com uso de outros espaços hospitalares para instalação de UTIs.
No SUS, UTIs têm ocupação estadual de 84%
O cenário é menos grave no Sistema Único de Saúde (SUS), com a taxa estadual de ocupação de UTIs em 84%, na tarde desta quarta-feira. A ocupação está em níveis críticos nas macrorregiões Centro-Oeste (97,7%), Norte (97,7%), Missioneira (95,5%), Vales (93,1%) e Serra (92%). A macrorregião Sul tem ocupação de 87,7% e a Metropolitana, 75,6%.
Índice geral de ocupação de UTIs em nova alta
O indicador geral de ocupação de leitos de UTI, que considera tanto a rede pública quanto a privada, também registra alta nesta quarta-feira. A taxa chegou a 87,9%. Esse índice segue tendência de alta desde 17 de maio.
As taxas de ocupação de leitos considera o total de pacientes internados em UTIs – por todas as doenças – e o número de leitos oficialmente abertos. Os índices estão disponíveis no painel do governo do Estado, são atualizados pelos próprios hospitais e, por isso, sofrem oscilações ao longo do dia.