Mais insumos para a produção da CoronaVac devem chegar ao Brasil em 28 de junho. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (2) pelo governo de São Paulo. Segundo comunicado, a previsão é de que São Paulo receba um lote com 6 mil litros de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) - quantidade suficiente para a fabricação de 10 milhões de doses da vacina.
A CoronaVac é uma vacina contra a covid-19 produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. A Sinovac envia ao Butantan a matéria-prima (insumos) para que os processos de envase, rotulagem, embalagem e controle de qualidade sejam feitos no Brasil. Todo esse processo dura entre 15 e 20 dias. Só então as doses são disponibilizadas ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) para distribuição para a população.
A última entrega de IFA proveniente da China para a produção da CoronaVac chegou ao Brasil em 25 de maio. O Instituto Butantan recebeu, na ocasião, 3 mil litros de insumos - suficientes para a fabricação de 5 milhões de doses do imunizante. Elas estão em produção.
Até agora, o Butantan já entregou 47,2 milhões de doses ao PNI, cumprindo o primeiro contrato estabelecido com o Ministério da Saúde para entrega de 46 milhões de doses. Agora, o instituto trabalha para entregar outras 54 milhões de doses referentes a um segundo contrato firmado com o Ministério da Saúde, totalizando 100 milhões de unidades.
Carta à União Europeia
Após a aprovação da CoronaVac pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para uso emergencial, o governo de São Paulo enviou uma carta aos membros da Comunidade Europeia para que o imunizante seja aprovado pelos países europeus.
O governo do Estado informou que o documento foi encaminhado na manhã desta quarta, e solicita aos presidentes da Comissão Europeia e do Parlamento Europeu que incluam a CoronaVac na lista de imunizantes aceitos para circulação de viajantes.
— A medida é importante para a normalização do fluxo de pessoas e de negócios entre o Brasil, especialmente São Paulo, com os países da Comunidade Europeia — disse o governador de São Paulo, João Doria.