O governo do Rio Grande do Sul confirmou, na tarde desta sexta-feira (28), o início da vacinação contra o coronavírus para os profissionais da educação em todo o Estado já a partir da próxima remessa a ser recebida do governo federal.
A medida foi possibilitada pela divulgação de uma nota técnica do Ministério da Saúde, poucas horas antes, com alterações na estratégia nacional de imunização. O documento antecipa o atendimento dos professores dentro dos grupos prioritários e autoriza que as doses também sejam oferecidas à população em geral, mesmo sem se encaixar em qualquer critério de prioridade, por ordem decrescente de idade a partir de 59 anos.
Segundo o governo gaúcho, há cerca de cerca de 217 mil pessoas na categoria de profissionais da educação. Desse universo de educadores, conforme levantamento da Secretaria Estadual da Saúde (SES), em torno de 20 mil já foram imunizados por iniciativa dos municípios — o que deixa perto de 197 mil profissionais à espera da primeira dose.
"Queremos escolas abertas, funcionando, com protocolos e todos os cuidados necessários, para cuidar das crianças enquanto os pais estão trabalhando, para dar a essas crianças e jovens os estímulos fundamentais para que se desenvolvam em seu pleno potencial. E queremos fazer isso com cuidado com as crianças, com cuidado de professores e trabalhadores da educação, que são patrimônio importante para nosso Estado", afirma o governador Eduardo Leite em texto divulgado nesta sexta pela comunicação do Piratini.
Serão priorizados inicialmente os profissionais de creches e pré-escolas, de forma concomitante com os outros grupos prioritários da lista ainda sob atendimento, ou seja, pessoas com comorbidades, gestantes e puérperas com comorbidades, deficientes, pessoas em situação de rua e população privada de liberdade.
A nota técnica do Ministério da Saúde informa que "serão enviados percentuais do total de doses para o seguimento do ordenamento dos grupos pré-definidos e em paralelo serão enviados quantitativos para o início da vacinação dos trabalhadores da educação".
A comunicação feita pelo governo federal e reafirmada pelo Piratini esclarece ainda que, após a finalização dos grupos de comorbidades, pessoas em situação de rua, funcionários e pessoas do sistema penal e trabalhadores de educação, "a lista de prioridades deve continuar sendo seguida, com o acréscimo, de forma concomitante, da vacinação por idade da população em geral (59 a 18 anos)."
— Assim que conseguirmos contemplar todos esses grupos prioritários no Estado, especialmente os profissionais envolvidos na educação, o que nos possibilitará um retorno mais seguro das aulas presenciais, iremos avançando por idade para a população em geral. Estamos na expectativa de um novo lote de doses nas próximas semanas, que nos permita seguir na imunização de forma mais rápida — informa a secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann.
O Ministério da Saúde prevê que a população em geral pode começar a ser vacinada, por idade, a qualquer momento em municípios com doses excedentes. O Conselho das Secretarias Municipais da Saúde (Cosems/RS) pretende discutir o assunto com o governo estadual em reunião extraordinária a ser marcada para os próximos dias.