Mais de 300 mil pessoas já fecharam ou estão prestes a completar o período entre as duas aplicações recomendado pelo Instituto Butantan para a CoronaVac, que é de 28 dias. Autoridades de Saúde do Estado cobram do Ministério da Saúde agilidade no repasse de vacinas para completar essa imunização. Entretanto, o Centro Estadual de Vigilância em Saúde esclarece que eventual atraso na segunda dose não compromete o processo de imunização.
— Não existe nenhuma evidência de que atrasar a aplicação da segunda dose da vacina provoque prejuízo na imunização das pessoas. Não existe um prazo máximo para tomar a segunda dose, depois do qual se tenha que começar tudo de novo — explica a diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, Cynthia Molina Bastos.
A orientação é para que pessoas façam a segunda aplicação em qualquer momento a partir dos 28 dias, prazo indicado pelo Butantan. A pressa dos governos com a segunda dose é para que a maior parte da população fique logo protegida contra doença, evitando internações e mortes.
A Secretaria Estadual da Saúde (SES) e o Conselho das Secretarias Municipais da Saúde do Rio Grande do Sul (Cosems/RS) preparam ofício ao Ministério da Saúde para cobrar mais rapidez no fornecimento da CoronaVac para cobrir as segundas aplicações. Nesta sexta-feira (23), novas 242,9 mil vacinas para completar a segunda dose de quem se imunizou entre janeiro e março e avançar na faixa etária de 61 anos.
Aos poucos, quando pessoas com 60 anos forem imunizadas, será possível iniciar o grupo que tem comorbidades. A SES vai orientar os municípios a seguirem o esquema apontado pelo Ministério da Saúde nesta quarta (21). O governo federal propôs um plano por grupos de idade, reunindo pessoas entre 55 e 59 anos primeiro, depois de 50 a 54, e assim por diante.