Esta terça-feira (6) é o primeiro dia desde 5 de março em que as unidades de terapia intensiva (UTIs) de Porto Alegre abrigam menos de 700 pacientes com diagnóstico confirmado para a covid-19. Em consulta feita por volta das 19h30min ao painel de monitoramento da pandemia mantido pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS), o número era de 699 enfermos com coronavírus. Também havia 40 pacientes com diagnóstico suspeito para a doença em leitos de UTI.
Quanto à taxa de ocupação geral das UTIs de Porto Alegre, está abaixo de 110% pelo sétimo dia consecutivo. O índice vem dando sinais de queda desde a última quarta-feira (31), e a lotação atual é de 101,29%, patamar que não era alcançado desde o início de março. Especialistas apontam que a diminuição do percentual de ocupação nas alas de tratamento intensivo está sendo causada por dois fatores principais: a redução no número de hospitalizações e também o aumento da mortalidade entre os doentes.
Olhando para os números da fila de espera, o índice teve redução de 31,7% desde a última terça-feira (31). Atualmente, são 127 pessoas aguardando por um leito de UTI, das quais 119 estão recebendo cuidados em camas do setor de emergência adaptadas e oito em unidades de pronto-atendimento (UPAs).
A oferta de leitos de UTI no município é de 1.011, sendo que quatro estão bloqueados para a execução de procedimentos de desinfecção e limpeza. Dos 18 hospitais que a SMS monitora, sete estão atuando com sobrecarga nas suas estruturas. Os percentuais de superlotação são maiores no Fêmina (150%), no Moinhos de Vento (148,5%) e no Conceição (145,8%).