- As três gerências técnicas da Anvisa decidiram não recomendar a autorização da importação nem a aplicação da Sputnik V no Brasil
- O relator do processo, diretor Alex Machado Campos, após extensa explanação em que sugeriu para que o laboratório russo retire da fórmula adenovírus replicantes, que, ao se multiplicarem, pode causar danos sérios a órgãos vitais, ao final votou contra a importação
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) realiza nesta segunda-feira (26) reunião extraordinária da diretoria colegiada para avaliar os pedidos de Estados e municípios para importação excepcional e temporária da vacina Sputnik V, usada na imunização contra a covid-19. O imunizante é produzido pelo Instituto Gamaleya, da Rússia.
A reunião de deliberação foi marcada dentro do prazo estipulado pela lei e de acordo com a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, que determinou a análise da questão em 30 dias. Uma ampliação do prazo foi negada.
A vacina russa em eficácia de 91,6% contra a covid-19 em suas manifestações sintomáticas, de acordo com uma análise dos testes clínicos publicada pela revista médica The Lancet e validada por especialistas independentes.
Na reunião, os especialistas apresentarão o relatório técnico e, a seguir, inicia a votação. O diretor relator Alex Machado Campos (5ª Diretoria) é o primeiro a apresentar o seu voto. Após o relator, segue a votação com os demais diretores: Meiruze Freitas (2ª Diretoria), Cristiane Jourdan Gomes (3ª Diretoria), Romison Mota (4ª Diretoria) e Antonio Barra Torres (1ª Diretoria e Presidência da Anvisa). No final, o diretor-presidente anuncia a decisão da Anvisa.
O pedido de importação foi feito por 14 Estados: Acre, Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Sergipe e Tocantins. Os municípios fluminenses de Maricá e Niterói também fizeram o pedido.