A lotação dos leitos intensivos de Porto Alegre é de 109,5% nesta quarta-feira (24), percentual pouco acima do que foi registrado no dia anterior, de 108,65%. Por volta das 17h, conforme os dados disponibilizados pelo painel de monitoramento da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), havia 1.143 doentes em estado grave na Capital, sendo que 78% deles têm diagnóstico positivo ou suspeita de covid-19.
Olhando para a fila de espera, há um total de 224 doentes que já precisariam estar em um leito de UTI, mas não estão por falta de vagas. Enquanto isso, aguardam em ambientes adaptados: 212 estão em emergências e 12 em unidades de pronto-atendimento (UPAs). A fila de espera teve queda desde terça-feira (23), quando 267 enfermos aguardavam por vaga.
A secretária-adjunta da Saúde de Porto Alegre, Ana dal Ben, afirma que o atual tempo de espera por leito de alta complexidade para pacientes internados em UPAs é de até dois dias.
— Por conta da pressão no sistema, os hospitais abriram verdadeiras UTIs nas emergências, então boa parte dos pacientes ali estão recebendo cuidado especializado. Vemos como fila de espera a que é composta por quem está nas UPAs. Esses 12 pacientes que temos hoje estão demorando até dois dias para conseguir acessar um leito. Para se ter uma ideia, esse número já chegou a 70, quando demorava-se até cinco dias para vagar espaço na UTI. Não quero ser excessivamente otimista, pois o sistema ainda está muito pressionado, mas há uma desaceleração da procura por leito de UTI na Capital. Estamos fazendo todo o esforço do mundo para zerar essa fila — afirma Ana.
Dentre os 18 hospitais públicos e privados que a SMS monitora, 13 estão atuando com sobrecarga nesta quarta-feira. O Moinhos de Vento registra 160,6% de superlotação, o maior índice entre as instituições de Porto Alegre. Atrás dele vêm o Fêmina, com 150% de ocupação nos leitos intensivos, e o Ernesto Dornelles, com 142,5%.