A instalação de um contêiner refrigerado anexo ao necrotério do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, foi iniciada nesta quarta-feira (3), dois dias depois que a instituição registrou o esgotamento do setor destinado a alocar os corpos de pacientes mortos. Com a nova estrutura, que será utilizada conforme a necessidade, o espaço terá a capacidade ampliada de três para 11 óbitos.
Nesta terça-feira (2), o superintendente médico do Hospital, Luiz Antonio Nasi, relatou que o aluguel do equipamento ocorreu depois que o necrotério “ultrapassou a capacidade de acomodar as pessoas que faleceram dentro do hospital”. Entre os cenários previstos para o uso da estrutura, está eventual demora na retirada dos corpos em caso de atrasos de funerárias. O cenário já foi observado no local, causando atraso na liberação de leitos a novos pacientes.
“Mesmo que não venha a ser utilizada, trata-se de uma medida preventiva que se faz necessária dentro dos padrões de qualidade assistencial e médica da instituição”, diz trecho de nota divulgada pela instituição.
De acordo com informações da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Porto Alegre, a UTI do Hospital Moinhos de Vento registrava, às 9h23min, índice de ocupação de 130,3%, com 86 pacientes para 66 leitos, além de cinco pessoas aguardando vagas na unidade.
A reportagem entrou em contato com os hospitais de Clínicas, Conceição, Santa Casa, Mãe de Deus, São Lucas e Divina Providência e Hospital Vila Nova, que figuram entre as instituições com maior número de leitos na Capital. Nenhuma havia relatado necessidade de instalação imediata de contêineres refrigerados.