O Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre, restringe, por três dias, a partir desta sexta-feira (13), o atendimento na seção Emergência Covid. Com a medida, deixam de ser atendidos pacientes que tenham sintomas leves da doença ou que busquem a instituição para atestar uma suspeita de contaminação. Após o período, uma nova análise será divulgada, com manutenção da limitação ou liberação da área ao público em geral.
A decisão foi tomada após ser constatado “um aumento dos casos de covid-19 nas últimas semanas”, conforme comunicado dos gestores, assinado pelo superintendente Luiz Antonio Nasi e pelo chefe do serviço de infectologia do hospital, Alexandre Zavascki.
O público com sintomas graves ou sem suspeita de coronavírus seguirá sendo atendido na emergência.
Na manhã desta sexta, a reportagem de GZH esteve no pátio do hospital, ao lado da entrada das emergências adulta e pediátrica. Havia cerca de 15 pessoas na rua, e um número semelhante no interior do prédio. Por segurança, não foi acessada a emergência, recomendação da própria instituição, devido à alta circulação do vírus nos ambientes hospitalares.
Atualmente, há 88 positivados internados no Moinhos de Vento: 32 no Centro de Terapia Intensiva (CTI) e 56 em leitos de enfermaria. Outras quatro pessoas têm o quadro acompanhado, ainda sem confirmação de contaminação. Em 5 de novembro, havia 73 casos confirmados, 18% menos pacientes na comparação.
A CTI – onde ficam os leitos de UTI – tem capacidade para 56 pessoas, e com pacientes vítimas de outras comorbidades, alcança lotação máxima.
Desde o inverno, quando a pandemia ganhou força no Rio Grande do Sul, o Moinhos de Vento instalou uma tenda para atendimento específico às pessoas com problemas respiratórios.
As estatísticas da área especial covid apontam um dado preocupante: a curva descendente de atendimentos foi interrompida, desde o mês passado. O recorde foi atingido em julho, com a passagem de 3,2 mil pacientes pelo espaço. Em agosto, reduziu para 3 mil, e em setembro foram 2,5 mil consultas. Outubro ultrapassou agosto, com 3,1 mil pessoas, e novembro se encaminha para ultrapassar o máximo já recebido, segundo a instituição.