O mapa definitivo do distanciamento controlado, divulgado na tarde desta segunda-feira (12), confirmou a expectativa de que pela primeira vez, nos últimos três meses, o Rio Grande do Sul voltasse a ter regiões em bandeira amarela. Esta é a classificação considerada mais branda dentro do modelo adotado pelo Estado no combate ao coronavírus.
Três regiões estão classificadas na bandeira amarela, ou seja, com risco epidemiológico considerado baixo: Bagé, na Campanha, Palmeira das Missões, no Noroeste, e Pelotas, no sul do RS. Essas áreas apresentaram melhora nos indicadores relacionados ao coronavírus, segundo a análise do governo do Estado, e, por isso, passaram para bandeira amarela.
Na prática, isso significa que essas localidades poderão adotar medidas mais brandas. A última bandeira amarela no mapa do distanciamento controlado havia sido na oitava rodada, entre 30 de junho e 6 de julho.
As outras 18 regiões estão classificadas na bandeira laranja, com risco considerado médio. Entre essas regiões, Santa Maria, na Região Central, conseguiu obter melhora na classificação, e passou de vermelha para laranja, devido à redução no nível de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Dezessete regiões já estavam na bandeira laranja e permaneceram desta forma. São elas: Cachoeira do Sul, Canoas, Capão da Canoa, Caxias do Sul, Cruz Alta, Erechim, Guaíba, Ijuí, Lajeado, Novo Hamburgo, Passo Fundo, Porto Alegre, Santa Cruz do Sul, Santa Rosa, Santo Ângelo, Taquara, Uruguaiana.
Este cenário já havia sido apontado no mapa preliminar divulgado na sexta-feira. O mapa definitivo não teve alterações em relação ao preliminar. Nesta rodada, o único pedido de reconsideração encaminhado foi do município de Três Arroios, na região de Erechim. A solicitação foi para passar da bandeira laranja para amarela. Mas isso não foi aceito pelo Estado porque o modelo não prevê a possibilidade de recursos para uma cidade de forma isolada.
Erechim está com bandeira laranja, mas integra as 18 regiões que estão no sistema de cogestão e já adotam protocolos alternativos e menos restritivos às bandeiras definidas pelo Estado. Apenas Uruguaiana, Bagé e Guaíba ainda não aderiram à cogestão. As regiões em cogestão classificadas em bandeira laranja podem adotar regras de bandeira amarela, desde que enviem os seus protocolos ao governo e obtenham aprovação. No entanto, a cogestão não altera as cores do mapa definitivo.
A 23ª rodada*
- Santa Maria: a região conseguiu reduzir o nível de ocupação de leitos de UTI de uma semana para outra. Dos 37 pacientes confirmados por covid-19 exigindo tratamento intensivo na semana anterior, o número caiu para 30 leitos na quinta-feira (8). O mesmo ocorreu para pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) – recuo neste mesmo período de 40 para 35 internados em UTIs. O registro de novas hospitalizações por coronavírus ao longo dos últimos sete dias totalizou 32 casos, quando na semana anterior o total era 51. A região ampliou de 26 para 33 o número de leitos de UTI livres.
- Bagé: a melhora em dois indicadores fez a região de Bagé retornar à classificação de bandeira amarela. Houve redução de nove para seis pacientes com SRAG internados em UTI de uma semana para outra, assim como queda de cinco para três no número de internados por covid-19 em leitos clínicos.
- Palmeira das Missões: já com indicadores bastante positivos na semana passada, a melhora em um dos itens do modelo específico da região foi suficiente para que Palmeira das Missões ingressasse na bandeira amarela. A região registrou nove hospitalizações por covid-19 na última semana, quando no período anterior chegou a 13 casos. Houve ainda redução de 14 para 12 no número de leitos de UTI ocupados por pacientes confirmados por coronavírus.
- Pelotas: a região de Pelotas registrou queda no número de hospitalizações por coronavírus nos últimos sete dias – de 39 casos para 21. O número de leitos de UTI ocupados por pacientes com covid-19 também caiu, de 24 para 18. Além disso, a melhor situação em dois indicadores da macrorregião Sul contribuiu para que a região recebesse bandeira amarela – houve queda de 46 para 42 leitos de UTI ocupados por SRAG na macrorregião e queda de 37 para 30 nos casos de pacientes internados em estado grave por Covid-19.
*As demais 17 regiões permaneceram iguais (na bandeira laranja).