Nas próximas semanas, será ampliado o número de laboratórios gaúchos autorizados a fazer testes de coronavírus na rede pública de saúde. Ao todo, 80 mil kits para exames foram adquiridos pelo Estado e são aguardados até o final de abril. O material será distribuído a todas as regiões. Com isso, o Piratini prevê novos contratos e convênios para ter, ao menos, um estabelecimento de referência para análises em cada uma das sete macrorregiões sanitárias no Rio Grande do Sul.
O Estado é dividido nas macrorregiões Metropolitana, Norte, Sul, Vales, Missioneira, Serra e Centro-Oeste. O objetivo da medida é agilizar os resultados em pacientes internados com sintomas graves, mas também reduzir o número de afastamentos de servidores das áreas da saúde e segurança.
— Nosso desejo é que em abril cheguem tanto os insumos que o Estado comprou, como os das universidades que estão esperando. À medida que elas forem nos dizendo que estão com os insumos, vamos providenciar convênio ou contrato, ou enviaremos os do governo — relata a secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann.
Do total de testes, 50 mil são do tipo PT-PCR, que utilizam biologia molecular e são considerados mais eficazes e foram adquiridos por R$ R$ 4,7 milhões, de acordo com a Secretaria Estadual da Saúde. O lote será utilizado com pacientes e quem atua nas áreas de saúde e segurança. Há, ainda, 30 mil testes rápidos, ao custo de R$ 3,7 milhões, destinado apenas a trabalhadores.
Neste momento, além do Laboratório Central do Estado, que faz cerca de 300 análises de coronavírus por dia, há apenas mais um laboratório, em Pelotas, na região sul, que faz testes para a rede pública, com capacidade de 250 resultados diários.
Na Capital, há convênios encaminhados com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e com a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), que começarão a realizar os testes quando receberem os insumos necessários.
A ampliação da capacidade de testagem, segundo Arita Bergmann, ocorre devido à expectativa de aumento de casos de covid-19, em especial, até junho.
— O número de internados ainda está muito pequeno. Se estamos prevendo que vamos ter até mil leitos de UTI, imagina um dia com todos ocupados. Tem mais de 2,5 mil leitos clínicos, fora todos os hospitais de campanha que estão sendo montados. Precisaremos fazer mais testes — relata.
O Estado começou a distribuir nesta terça-feira (14) 25,4 mil testes rápidos entre as cidades gaúchas, com número maior aos municípios com casos confirmados da doença.