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Durante o período de isolamento social para evitar a proliferação do coronavírus, a primeira ordem é ficar em casa. Entretanto, para muitos trabalhadores, isso não é possível. Além disso, existem moradores de Porto Alegre que necessitam utilizar o transporte público da Capital, o que os expõem ao contato com o vírus.
Desde esta segunda-feira (23), os ônibus adotaram tabela reduzida de horários. De acordo com nota publicada pela Empresa Pública de Transportes e Circulação (EPTC), a mudança se deu a partir de um decreto assinado pelo prefeito Nelson Marchezan, que diminuiu a oferta de ônibus em Porto Alegre de 10% a 50%.
Segundo o infectologista da Santa Casa de Misericórdia, Cláudio Stadnik, inevitavelmente, os passageiros terão o contato com o vírus durante os percursos. Porém, há uma série de cuidados que podem prevenir o contágio.
A recomendações médicas são as seguintes:
- Evitar ao máximos levar as mãos aos olhos, boca e nariz enquanto estiver na viagem
- Se precisar coçar o nariz, utiliza o antebraço
- Após descer do ônibus, utilizar o álcool gel
- Se não tiver o álcool gel, evite o contato com as áreas sensíveis do rosto até chegar em um local onde seja possível a higienização das mãos
Outra dica dada pelo médico é evitar entrar em ônibus lotados. A aglomeração de pessoas é uma das principais formas que o vírus de espalha. Por isso, tente não utilizar o transporte coletivo em horários de pico.
— O ideal é que tivéssemos um efetivo maior de ônibus em Porto Alegre. Como não é possível, observe o veículo antes de embarcar. Se estiver lotado, aguarde o próximo. Por isso, negocie com o empregador um horário alternativo e tente sair o mais cedo possível de casa — alertou.
De acordo com o secretário extraordinário de Mobilidade Urbana de Porto Alegre, Rodrigo Tortoriello, as aglomerações apresentadas na manhã desta segunda-feira (23) ocorreram por fatores que fogem do poder público. Alguns rodoviários estão fora escala de trabalho por estarem dentro do grupo de risco (acima de 60 anos) e outros tiveram dificuldades para chegar até as garagens.
— A partir desta terça-feira (24), já devemos ter uma mudança significativa no processo. Alguns funcionários estavam de folga e outros não conseguiram chegar a tempo para sair no horário correto da tabela. Estamos fazendo o possível para que a cidade não pare. Para que todos consigam se locomover e cheguem aos hospitais e farmácias, caso seja necessário — afirmou.
Ainda segundo Tortoriello, o movimento apresentado nesta manhã, foi acima do esperado. Com o fechamento do comércio, a expectativa é que diminua, ainda mais, o número de usuários do transporte público da Capital, fazendo com que não haja aglomerações em parada e nos veículos.
— O motorista está autorizado a não parar nos pontos, caso esteja com os acentos lotados, lembrando que não são permitidos passageiros em pé nos ônibus. Os veículos estão sendo higienizados, dentro do possível, para que diminua a possibilidade de contaminação dos usuários e dos próprios funcionários — comentou.
Com a saída dos funcionário acima dos 60 anos, o efetivo das empresas de ônibus também diminuiu. Questionado sobre a possibilidade das empresas contratarem mais funcionários para substituí-los, o secretário ressaltou que, por se tratar de uma profissão que precisa de treinamento e um conhecimento dos itinerários das linhas, em um curto prazo, isso está fora dos planos.
Os serviços de aplicativos e táxis também passaram por alterações e precisam seguir uma série de exigências.
Os veículos devem passar por uma limpeza a cada viagem, disponibilizar álcool gel 70% aos passageiros, circular com as janelas abertas e higienizar equipamentos eletrônicos, como máquinas de cartão crédito e débito.