O governo do Rio Grande do Sul está encaminhando a compra de um montante entre 50 mil e 100 mil testes de coronavírus. A ação foi anunciada pelo governador Eduardo Leite nesta terça-feira (24) em entrevista coletiva pela internet. No entanto, os prazos para a chegada do material não foram divulgados.
O uso desses kits seria priorizado para servidores de áreas essenciais, como equipes da saúde, além de pacientes em geral, definidos por amostragem. No momento, apenas doentes internados estão sendo testados pela rede pública. A recomendação para quem apresenta sintomas leves é quarentena domiciliar por 14 dias.
_ Queremos incrementar os testes, em parceria com as universidades, laboratórios no Interior. Queremos avançar na análise dos dados. Estamos fazendo grande esforço de coordenação para termos uma base confiável sobre as internações hospitalares _ disse Leite.
A Secretaria Estadual da Saúde ainda aguarda testes prometidos pelo Ministério da Saúde. Nesta terça-feira (24), a pasta atualizou o total que será dividido entre todos os Estados. Ainda sem prazos, serão 22,9 milhões de kits individuais _ anteriormente, eram previstos 10 milhões.
Leite também destacou que o Piratini está em contato com universidades com o objetivo de fechar convênios para produção de testes em solo gaúcho. Os contatos mais adiantados seriam com a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), embora o governador não tenha detalhado a ação.
Leitos
governador destacou o incremento de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) nos últimos dias. Ele mencionou os 10 anunciados em Canoas, na Região Metropolitana, na última sexta-feira (20), e outros 10 instalados nesta terça-feira (24) em Passo Fundo, no norte gaúcho. Novas vagas de retaguarda para casos de coronavírus serão confirmadas ao longo da semana. O Piratini calcula que sejam necessários 218 leitos de UTI para atender eventual crescimento da demanda.
Nesta quarta-feira (25), secretários estaduais de todo o país irão participar de reunião virtual com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Serão discutidos os critérios para a divisão de R$ 8 bilhões anunciados pela pasta para que Estados invistam na ampliação de leitos clínicos e de UTI.
A partir do início da volta à normalidade do cotidiano chinês, a expectativa é de que a produção e logística de materiais do país asiático, que se tornaram escassos no mundo, também seja retomada.
Aliado a isso, o Rio Grande do Sul deverá começar a produzir ventiladores e respiradores para hospitais na próximas semanas.