Sumido das prateleiras de supermercados e farmácias, o álcool gel é um grande aliado no combate à multiplicação do coronavírus, mas a falta do produto tem causado preocupação — tanto que ocasionou aglomeração em um estabelecimento antes mesmo de os funcionários conseguirem abastecer as gôndolas. GaúchaZH entrevistou André Luiz Machado, infectologista do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), para esclarecer as principais dúvidas nos momentos em que não há álcool gel.
Água e sabão
Embora a utilização do álcool gel seja muito prática, a recomendação é que ela ocorra apenas quando a pessoa não puder ir até a pia e fazer a limpeza completa das mãos com água e sabão.
O vírus, revestido por uma fina camada de gordura, fica inativo quando entra em contato com o sabão. Portanto, a alternativa mais simples é a lavagem tradicional.
E o álcool líquido?
Se a graduação for de 70%, a limpeza será eficaz. Para auxiliar na aplicação, um borrifador pode ser aplicado na garrafa do álcool líquido, ou lenços descartáveis podem ser utilizados. Graduações superiores a 70% não são indicadas, pois "são lesivas para a pele, podendo causar ressecamento e lesões secundárias. Essas fissuras inibem a lavagem da mão porque causam dor", explica Machado.
Álcool de cozinha resolve?
Não, pois tem graduação inferior a 70% e não elimina o vírus.
Há uma receita caseira confiável?
Na internet, circulam receitas utilizando ingredientes como gelatina e amido de milho. Nenhuma delas, no entanto, é confiável. Em casa, opte pela água e sabão.