O Rio Grande do Sul já tem um plano de contingência e ação estadual para infecção humana por COVID-19, elaborado pelo Centro de Operações de Emergências (COE) da Secretaria Estadual da Saúde (SES), comitê montado para acompanhar a situação ainda em janeiro.
O documento elenca as medidas a serem tomadas em caso de infecção para minimizar os riscos à população, que agora se vê diante do primeiro caso confirmado de coronavírus no Brasil. O homem de 61 anos de São Paulo, recém-chegado de viagem da Itália, teve teste positivo, e, segundo fontes do governo, o diagnóstico foi confirmado pela contraprova.
— Obviamente, temos um plano de contingência e vamos adaptando ele à medida que for necessário. Se por ventura o comportamento do vírus mudar, fazemos nova avaliação. As medidas vão sendo adotadas de acordo com a proporcionalidade dos casos — disse Marcelo Vallandro, técnico do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Centro Estadual de Vigilância em Saúde da SES, em entrevista ao programa Timeline, da Rágio Gaúcha.
Uma das orientações é que, ao apresentar sintomas condizentes com o vírus, deve-se procurar um posto de saúde (unidades básicas de saúde ou unidades de pronto-atendimento) para avaliação. Se o indivíduo for enquadrado como caso suspeito, passa a usar máscara, é isolado no local e tem amostras coletadas para análise.
Se na avaliação clínica a pessoa não apresentar um quadro grave, é encaminhada para isolamento domiciliar até a melhora dos sintomas e tem recomendação de monitorar possíveis sinais apresentados por seus contatos. Até o momento, afirma a SES, os casos suspeitos no Estado receberam essa recomendação durante o tratamento.
Pacientes com quadros mais graves serão encaminhados para internação hospitalar, em regime de isolamento. Hospitais como o Conceição, em Porto Alegre, e Universitário, em Canoas, já trabalham com a previsão de disponibilizar leitos específicos para atender pacientes do coronavírus.
Devem ficar atentos e procurar ajuda:
- indivíduos que apresentam febre associada a qualquer sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, coriza, entre outros);
- pessoas que voltaram de viagem de países com transmissão local nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento desses sintomas;
- pessoas sem histórico de viagem, mas que tiveram contato próximo com um caso suspeito ou confirmado de coronavírus.