Notícia muito aguardada por brasileiros que visitam a Flórida, nos Estados Unidos, o trem da Brightline que liga Miami a Orlando finalmente começou a operar. A inauguração do trecho entre as duas cidades que mais recebem turistas no país, além da nova estação da empresa em Orlando, ocorreu no final de setembro. A Brightline, agora, tem seis estações nos EUA, todas em cidades litorâneas e muito bem localizadas: as outras ficam em Miami, Aventura, Fort Lauderdale, Boca Raton e West Palm Beach.
A convite da Brightline e Visit Florida fomos experimentar o serviço entre Miami e Fort Lauderdale e conhecer a nova estação de Orlando.
Como é a viagem?
Com o trem de alta velocidade da Brightline, a viagem entre Miami e Orlando, que tem 378 quilômetros de trilhos, dura cerca de três horas. Pode parecer muito, mas o transporte é tão confortável (com poltronas largas e bem boas para trabalhar ou lanchar, por exemplo) que você nem vê o tempo passar - e esse tempo é, em média, uma hora a menos do que se faria de carro, por exemplo, o outro meio muito utilizado por turistas e moradores dessas cidades.
A linha tem, no total, 16 viagens para cada trecho, ou seja, 32 saídas por dia (ida e volta). O primeiro trem parte da estação (de Orlando e de Miami) às 5h e o último, às 23h.
Quanto custa?
Hoje a Brightline oferece os serviços em duas classes, a Smart e a Premium. Na primeira, a mais simples, as passagens para um trecho custam a partir de US$ 79 (média de R$ 399) e não dão direito à bagagem despachada (o despacho é extra e custa US$ 20 (média de R$ 101) ou serviço de bordo incluído. Já a categoria mais completa, a Premium, tem assentos mais amplos e embarque prioritário. O custo dessa opção é obviamente mais salgado: um trecho custa a partir de US$ 149 (média de R$ 754) e dá direito a despachar uma bagagem; também há serviço de bordo incluso, com snacks e bebidas. Outro benefício da Premium é que é possível acessar os lounges VIPs das estações - aqui a opção é boa se você tem um tempinho para curtir o espaço, já que ali terão bons espaços para descanso, além de comidinhas e bebidas (alcoólicas ou não) incluídas. A tarifa mais cara também dá direito a uma corrida de Uber para qualquer estação da Brightline (dentro de um raio de oito quilômetros), por agendamento prévio via site da empresa. Para crianças entre dois e 12 anos, a tarifa parte de US$ 39 (média de R$ 198).
Mas e vale a pena se compararmos com o mesmo trajeto feito de carro? Vale se o viajante não quer ter o estresse de dirigir ou se vai usar o tempo para trabalhar (confortável e com uma rápida wi-fi disponível).
Como é a nova estação de Orlando
A nova parada da Brightline fica ao lado do novo Terminal C do aeroporto internacional de Orlando. Passageiros que chegam por esse terminal acessam facilmente a estação; já quem utiliza os terminais A e B pode chegar pelo trem que é oferecido pelo aeroporto (trajeto dura em média cinco minutos).
O local de chegada e partida, quase que em sua totalidade amarelo vibrante, cor característica da Brightline, é muito moderno e acessível em Orlando. Já na entrada, após comprar sua passagem, o passageiro recebe um código QR no celular (no e-mail ou no aplicativo), que será usado como cartão de embarque. É possível usar somente a versão digital, mas quem quiser pode imprimir o bilhete nos terminais de autoatendimento ou no balcão de atenção ao cliente, que ficam logo na entrada da estação. Se for preciso despachar bagagem, o serviço é feito ali mesmo, em um guichê de atendimento.
Com o código, o próximo passo é passar pelas catracas automatizadas; depois, o viajante chega na área de segurança: é obrigatório passar pelo detector de metais e as bagagens são averiguadas por uma máquina de raio-x.
Passando pela segurança, o viajante entra em um ambiente super confortável que pode ser desfrutado até o horário da partida do trem. Na estação de Orlando, assim como as demais da Brightline, há o bar Mary Mary, com opções de bebidas, alcoólicas ou não, e lanches rápidos, como pizzas e hambúrgueres. Um diferencial desse novo local é que ele é o único da empresa que, na sala VIP, há uma máquina onde o passageiro pode pedir um drink de forma automatizada.
No lounge também há uma espécie de lojinha de conveniência, onde é possível comprar presentes e souvenires, como bonés e camisetas de Orlando. Também é possível descansar em poltronas bem confortáveis e, para quem está com crianças, é possível aguardar o horário do embarque em uma área de recreação.
* A jornalista viajou a convite da Brightline e Visit Florida