Foto: Arquivo Pessoal
Moscou foi uma grande surpresa. Pensávamos encontrar uma cidade com prédios antigos, muita coisa destruída, mas deparamos com belíssimos monumentos, muito bem cuidados, e com igrejas e praças encantadoras. Suas ruas são bem amplas e modernas, sem falar da Tverskaya, uma rua de pedestres. É o equivalente à 5ª Avenida na capital russa. Lojas e lugares públicos ostentam letreiros com símbolos e letras incompreensíveis para os ocidentais.
Além da parte central da cidade, que é a região histórica, nos seus arredores há bairros com prédios moderníssimos, de muitos andares, com muito aço e vidro. O contraste do antigo com o moderno nos deixou encantados, pois não esperávamos encontrar isso.
Moscou - ou Mockba, em russo - viu o comunismo ascender ao poder, viveu décadas de isolamento, assistiu ao desmantelamento da União Soviética e agora está vivendo a ocidentalização. Os símbolos do capitalismo estão em todas as partes, as multinacionais estão em tudo: lojas, trânsito, restaurantes.
Uma grande prova disso está na Praça Vermelha, que lembra as grandes paradas militares do extinto regime comunista, no seu belíssimo Shopping Gum. Ele se localiza próximo à bela Catedral Ortodoxa Russa de São Basílio, em um imenso e lindo prédio onde ficava o antigo armazém dos militares. Hoje, são lojas das mais famosas grifes com uma decoração interna como a de poucos centros comerciais da Europa.
A arte sempre esteve na vida dos russos. Ir a Moscou e não assistir ao balé do Bolshoi é como "ir a Roma e não ver o Papa". O Teatro Bolshoi conta com uma das maiores companhias de ópera e dança do mundo. É um luxuoso prédio do século 19. Seu repertório consiste basicamente de clássicos russos. Mas ele está em constante inovação - levando, assim, o Bolshoi para o século 21. Os ingressos são vendidos com antecipação de até dois anos. São centenas de participantes no seu Corpo de Baile. Alguns jovens brasileiros fazem parte, escolhidos na Escola do Bolshoi de Joinville, em Santa Catarina.
Assistimos ao Lago dos Cisnes, obra de Pyotr Tchaikovsky, inspirada em um lago que existia próximo a um Mosteiro de Monjas, onde nadavam belos cisnes brancos e negros.
Perfil
Nome: Marlei Carmen Reginatto Klein, 67 anos, é professora aposentada
Lugares que conhece: o Brasil todo, inclusive a Floresta Amazônica. Quase toda a Europa, Estados Unidos e Canadá
Lugares que pretende conhecer: um pouco mais do leste europeu e o Oriente (China, Japão e outros)