Banhada pelas águas atlânticas no litoral Norte e pelo mar do Caribe ao Sul, a República Dominicana foi descoberta por Cristóvão Colombo em sua primeira viagem ao Novo Mundo. O país está em uma ilha na América Central, cujo território é compartilhado com o Haiti, e concentra belíssimas praias e cidades repletas de referências históricas.
Nos 1,5 mil quilômetros de litoral dominicano, a região de Punta Cana é um dos destaques, um lugar para desfrutar de praias paradisíacas de areia branca e águas cristalinas. É ideal para famílias em férias que querem diversão ou casais em lua de mel que procuram paisagens e tranquilidade. Em Punta Cana, os visitantes não encontram uma cidade, mas um dos complexos hoteleiros mais procurados pelos turistas do mundo inteiro. A região concentra gigantescos hotéis, interligados por ruas e avenidas. Todos autossuficientes, surpreendem pelo luxo e conforto.
Com completa infraestrutura e serviço all inclusive (com tudo incluído), oferecem atividades como mergulho, passeios de barco, piscinas e campos de golfe. Basta colocar a pulseirinha de hóspede e aproveitar os serviços que os hotéis dispõem. Um pacote completo de sete dias para a região, incluindo passagens aéreas, translados e hospedagem all inclusive custa a partir de US$ 2.233 por pessoa.
Punta Cana possui quase 50 quilômetros de praias e um recife de corais de cinco quilômetros de extensão, o que torna a região ideal para a prática de mergulho. Para quem busca aventura, passeios em aquários naturais estão entre as atividades imperdíveis: chega-se à costa em uma embarcação com fundo de vidro, e pode-se nadar com tubarões e arraias durante o mergulho.
A primeira cidade americana
A República Dominicana não se destaca apenas pelas belíssimas praias. A capital, Santo Domingo, é considerada a cidade mais antiga do Novo Mundo e a primeira fundada pelos espanhóis. Combina aspectos de metrópole do mundo moderno a vestígios culturais e históricos, o que faz da cidade um lugar encantador, com intensa vida noturna, centros comerciais, cassinos, museus e monumentos seculares que seguem preservados.
Em um passeio pela zona colonial, pode-se conferir os mais de 300 monumentos históricos do século 16. Restaurada recentemente, a Catedral de Santa Maria de la Encarnación, construída entre 1514 e 1520, é um dos símbolos históricos de Santo Domingo. Mais adiante, na Rua El Conde, está o centro comercial da parte antiga, uma via de paralelepípedos, a única na cidade para pedestres, que vai desde a Praça Colón até a Praça da Independência. Lá, podem ser observados os restos da muralha que defendia a cidade colonial dos inimigos.
Outro ponto interessante é a Calle de Las Damas, a primeira rua de pedras das Américas. Levou esse nome porque Dona Maria de Toledo, nora de Cristóvão Colombo, passeava com as damas da corte nos finais de tarde.
Há lendas que também permeiam a cultura popular de Santo Domingo. Ao conversar com os dominicanos que habitam o local, ouve-se variadas histórias, desde o lendário Zorro, que eles afirmam ter morado ali mesmo na cidade colonial, até relatos de vultos sem cabeça que rondam pelas ruas, nas proximidades da Praça Duarte, onde há séculos foram decapitados inimigos políticos.
Os restos de colombo
Há uma grande contradição envolvendo os restos mortais de Cristóvão Colombo. O navegador morreu em 1506, na Espanha, e seu corpo foi levado por sua nora para Santo Domingo, onde foi sepultado na catedral da cidade. Quando, em 1586, Santo Domingo foi saqueada, o bispo da época ordenou apagar as inscrições das lápides que identificavam as tumbas, para evitar profanações. Anos depois, uma comissão espanhola foi à República Dominicana para retirar o corpo do navegador e levá-lo para Sevilha, por considerar que ele deveria permanecer em território espanhol.
Porém, ao restaurar os danos sofridos na catedral em Santo Domingo, encontrou-se uma urna em chumbo com a inscrição:"Ilustre Varón Don Cristóbal Colón". Conclui-se, então, que no traslado feito às pressas foram levados os restos do filho, Dom Diego, e não do pai, enterrado mais ao fundo. Dessa forma, os restos mortais de Cristóvão Colombo receberam dois mausoléus e uma história incerta.
Charutos e âmbar
Nas ruas antigas da zona colonial de Santo Domingo, pode-se presenciar a fabricação artesanal de charutos. As lojas especializadas têm uma ampla variedade de aromas, cores e preços. Os dominicanos garantem que os produtos locais são tão bons como os dos vizinhos cubanos. Com aromas e sabor único, o charuto dominicano é considerado de alta qualidade pelos seus apreciadores, e a produção atrai muito interesse nos últimos anos. Outro item tradicional é o âmbar, uma resina proveniente das palmeiras que retém fósseis milenares. Dela são produzidos anéis, colares e suvenires, comercializados em diversas lojas. O preço pode variar pela cor, pelo formato e pela quantidade de mosquitos encontrados na resina.
Gastronomia
Os restaurantes são confortáveis e acolhedores, apresentam cardápio internacional e cada um tem sua especialidade. A comida típica dominicana é muito saborosa e variada. Não deixe de provar o prato conhecido como La Bandera - arroz, feijão, carne bem temperada, legumes e tostones (banana da terra frita). Outras opções são o sancocho (prato preparado com sete tipos de carne) e o mofongo (iguaria que leva banana verde e torresmo), todos caprichados no tempero.
Vida noturna
Quando a noite cai, a cidade fica ainda mais badalada - por volta das 18h, os pubs e clubes noturnos começam a abrir as portas. Na Plaza España concentram-se diversos bares e apresentações artísticas. A vibrante vida noturna, caracterizada pelos ritmos das músicas invade os ambientes. A salsa, o jazz e outros tipos de música podem ser escutados no país, mas não são tão populares como o merengue. Os dominicanos consideram a dança uma arte e sentem orgulho de ensinar seus movimentos aos demais. Espalhados por toda parte, os cassinos também garantem a diversão noturna, e a maioria dos hotéis abriga um. Painéis luminosos e anfitriões sorridentes nas mesas de jogos impulsionam os turistas a jogar. A maioria deles fica aberta 24 horas e utiliza as mesmas probabilidades das casas de Las Vegas.
Aderlani Furlanetto viajou a convite do Escritório de Turismo da República Dominicana no Brasil e da Copa Airlines.
