A prefeitura de Xangri-Lá, no Litoral Norte, irá investir R$ 620 mil para a restauração da Plataforma Marítima de Atlântida, a partir de janeiro de 2022. O anúncio foi feito pelo prefeito, Celso Bassani Barbosa (PTB), na última quarta-feira (1º).
A obra será feita sem a necessidade de licitação. Por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), elaborado pelo Ministério Público, o valor será repassado para a Associação dos Pescadores da Plataforma Marítima de Atlântida (Asuplama), que contratou a empresa SC Soluções Estruturais e, depois, prestará contas ao município.
O documento passará a gestão do local para a prefeitura, já que a plataforma está em uma área de jurisdição federal, à beira-mar, que pertence à União. Este termo legaliza a gestão da plataforma e permite que o investimento e as manutenções sejam feitas pelo Executivo Municipal.
— O que motivou essa decisão é que a gente viu que a associação que mantém a plataforma hoje não tem condições de manter. E também pela importância que ela tem para o município. Essa reforma é somente na estrutura da plataforma, para mantê-la de pé, não vai ter uma revitalização. Depois nós iremos buscar outros parceiros que tenham interesse em fazer uma reforma geral — esclarece o prefeito.
O projeto, feito pela empresa SC Soluções Estruturais prevê o reforço de pilares, vigas e lajes. A expectativa é de que os trabalhos iniciem em janeiro, com um prazo de duração de 60 dias úteis.
A plataforma Marítima de Atlântida foi construída pela Asuplama e completou 51 anos em 2021. A estrutura atual apresenta corrosão, fissuras, rachaduras e rompimentos nas lajes, armaduras e vigas.
De acordo com o presidente da Asuplama, José Luís Rodrigues Rabadan, a associação conta com 340 associados, mas nem todos ajudam na manutenção da estrutura.
— Para nós, é um sonho sendo realizado. Nós não estamos preocupados com quem será o dono, a nossa preocupação é que a gente tenha uma plataforma por mais 50 anos. A gente quer que daqui a 20 ou 30 anos nossos filhos e netos comemorem e pesquem na plataforma — afirma José Luís Rabadan.