No veraneio com a família e com os amigos, a regra número um é não passar trabalho. Com esse lema em mente, um grupo de engenheiros de Santa Cruz do Sul se debruçou sobre o projeto Sputnik, que é, literalmente, uma mão na roda na hora de curtir um dia de praia.
Ao contrário do seu homônimo, o Sputnik gaúcho não tem pretensão de desbravar o espaço como o satélite da extinta União Soviética. Desfila pelas areias de Capão da Canoa guiado pelo engenheiro agrícola Fábio Schwinn por intermédio de um aplicativo de celular. Carrega uma placa que capta energia solar e faz funcionar um um rádio, caixas de som e entradas USB, que garantem carga extra para os celulares da turma toda. Também transporta uma caixa térmica amarela.
Tem mais: além de toda a parte tecnológica, a engenhoca dá uma mãozinha na hora de transportar toda a parafernália praiana, como cadeiras, guarda-sóis, tenda e churrasqueira.
– Esse projeto foi feito por colegas que têm casa aqui, em Capão da Canoa. A ideia é não passar trabalho. Se estamos de férias, não é para fazer esforço, não é? – diz um dos "pais" do carrinho de praia modernoso, o administrador e eletrotécnico Mauro Soares.
Nascido originalmente da necessidade de garantir o leva e traz da caixa térmica amarela, aos poucos, o projeto foi ganhando novos apetrechos.
– Ele está em evolução – comenta a economista Luciane Bublitz, esposa de Soares.
– Uma das vantagens é que o Sputnik trabalha com energia solar. Nós viemos para praia para aproveitá-lo, então, unimos o útil ao agradável – completa Luciane, que trabalha numa empresa de energia solar com o marido.
Preço estimado de R$ 2 mil
Inicialmente, o Sputnik, que está no seu terceiro veraneio, precisava ser tracionado. Agora, ganhou controle via celular. Para os próximos verões, projeta Soares, a ideia é fazer com que produza gelo automaticamente e ostente uma churrasqueira rotativa.
Embora muito atrativa, a facilidade é um protótipo e não está à venda, avisa Soares. A criação serve mesmo para ajudar o grupo de amigos que adora passar o dia todo na praia. O preço da brincadeira é estimado em cerca de R$ 2 mil – além da estrutura metálica e dos acessórios, ele carrega uma placa de energia solar e seis baterias.
– Se fizéssemos em escala, com certeza, sairia mais barato – acredita o administrador.