
Desde o início da manhã desta quinta-feira (16), cerca de 10 membros da Associação Brasileira de Salva Vidas Civis protestaram em frente ao Palácio Piratini, em Porto Alegre. O movimento reivindica a liberação do edital para o concurso, anunciado pela Secretaria Estadual de Segurança Pública no início do mês, que prevê a contratação de até 600 guarda-vidas civis para atuarem na Operação Golfinho no Rio Grande do Sul, que deve ocorre entre 16 de dezembro e 4 de março.
Devido a ajustes no edital, desde terça-feira (14), a Procuradoria Geral do Estado revisa o texto. Na sequência, ele será encaminhado para a Secretaria Estadual de Segurança Pública e para o Corpo de Bombeiros, para então ser publicado. A expectativa do governo é de que os contratos temporários supram parte do déficit do número de militares que iniciaram o treinamento no início do mês.
— Cada civil a mais como guarda-vida é também mais um militar que fica à disposição da sociedade no exercício de sua função. Nesta quarta-feira de feriado, colegas nossos que já atuaram como guarda-vidas civis salvaram 10 pessoas de afogamento no litoral gaúcho — explicou Dayker Vieira, que já atuou como guarda-vida civil por quatro anos consecutivos.
Após 15 dias da publicação do edital, os aprovados, que vão receber salários de R$ 4 mil, participam de treinamentos no litoral gaúcho. A previsão é de que todos já estejam capacitados até o dia 10 de dezembro.
No total, 1.035 militares já iniciaram o curso. O necessário, porém, seriam, pelo menos, mais 300 profissionais para atender as 329 guaritas. Porém, do total de militares que já iniciaram o treinamento, nem todos devem participar da Operação Golfinho, já que alguns dependem de aprovação ou liberação da Brigada Militar ou dos Bombeiros
— Normalmente, os guarda-vidas civis de anos anteriores participam dos novos concursos. São pessoas, por vezes, mais capacitadas que nossos militares para exercer a função de guarda-vida, já que passam, na maioria dos casos, o ano inteiro se preparando para o cargo. Faremos o que for possível para agilizar os trâmites para as contratações — afirmou o Chefe da Casa Militar, Alexandre Martins de Lima.
Questionado pela reportagem de GaúchaZH, o Comando dos Bombeiros ainda não informou a previsão de quando o edital vai ser publicado.