Na hora de ir à praia, o kit é basicamente o mesmo: cadeira, guarda-sol, protetor e o mais importante: o celular. Pelo terceiro ano consecutivo, ZH testa o acesso à internet móvel em quatro cidades litorâneas: Capão da Canoa, Torres, Tramandaí e Xangri-lá. Se antes, quando o maior sinal sintonizado era o 2G, o mínguo sinal da internet móvel do litoral gaúcho mal dava para enviar fotos, ver vídeos e ler notícias à beira-mar, em 2016 a conexão melhorou em relação aos outros anos. A novidade neste verão é a chegada do 4G em algumas praias.
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Vivo, Claro e Tim ampliaram a cobertura de quarta geração para o Litoral Norte. A Oi continua oferecendo apenas o 3G. Isso significa que, enquanto no 3G a velocidade mínima gira em torno de 200 Kbps, quem consegue pegar o 4G navega partindo de 100 Mbps.
- Antigamente, eu nem trazia o celular para a beira porque não conseguia navegar em sites. Era frustrante. Agora, melhorou bastante. Parece que estou em casa com wi-fi - conta a professora e moradora de Capão da Canoa Emilce Tedesco, 47 anos.
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Ao contrário dos últimos verões, quando o aparelho servia apenas para receber ligações e tirar fotos devido à falta de internet, neste ano, todos que foram entrevistados pela reportagem estavam utilizando o smartphone para acessar as redes sociais e atualizar as notícias A maioria estava satisfeita com o tempo e a velocidade de acesso. A enfermeira de Sertão Santana, Taís Koller Kologeski, reforçava o bronzeado enquanto conferia atualizações no Facebook e mal sabia da novidade.
Apenas quando foi abordada pela reportagem, constatou o sinal 4G em seu smartphone:
- Notei que estava pegando bem, mas só agora vi que é por causa do 4G. Acho importante essa melhora do sinal porque o Litoral Norte atrai muita gente e, nos últimos anos, a velocidade era péssima.
Sinal 4G chegou, mas 3G ainda predomina
Apesar da evolução na conexão, a principal reclamação dos veranistas é a instabilidade do sinal que, na maioria das vezes, indica apenas o 3G. Nas cidades contempladas com o 4G, apenas alguns pontos conseguem obter a velocidade correspondente à nova cobertura. A professora de educação física Elisandra Almeida, natural de Charqueadas, ressalta a instabilidade da cobertura:
- No região onde estou, o 4G pega, mas não é sempre. O 3G é o que fica aparecendo quase todo o tempo, mas consigo notar a melhora em relação ao ano passado, especialmente na beira da praia.
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Outra queixa recorrente é a diferença de velocidade de segunda a sexta e nos finais de semana, quando a quantidade de pessoas aumenta nos balneários. No quesito qualidade e sinal das ligações, os usuários apontam que a situação é muito parecida com os anos anteriores: dentro dos apartamentos e no sábado e no domingo, a piora da qualidade é notada.
- Ainda não peguei 4G no meu celular. Sempre veraneio em Capão e a beira-mar é o melhor lugar para pegar o sinal. No centrinho e dentro de casa, fica muito lento. Final de semana, quando vem mais gente para o Litoral, fica muito pior. Para teres uma ideia, na época do Natal e Réveillon não estava pegando internet de jeito nenhum - reclama a publicitária Alessandra Thoms, 27 anos, natural de Santa Cruz.