
A edição de 2025 do Prêmio Nobel da Paz teve como vencedora a líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, que vive escondida desde as eleições sem transparência que reelegeram Nicolás Maduro em 2024.
O anúncio foi feito nesta sexta-feira (10) pelo Comitê Norueguês do Nobel, honraria concedida desde 1901 a homens, mulheres e organizações que trabalham para o progresso da humanidade.
O criador do prêmio, o inventor sueco Alfred Nobel, é lembrado como patrono das artes, das ciências e da paz.
Em 2024, o reconhecimento foi para a organização japonesa Nihon Hidankyo, que luta contra armas nucleares, o é composta por sobreviventes das bombas de Hiroshima e Nagasaki durante a Segunda Guerra Mundial.
Veja os 10 últimos ganhadores do Prêmio Nobel da Paz:
- 2025: a líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado que teve mandato de deputada cassado e candidatura à presidência barrada pelo regime de Maduro. Comitê Norueguês do Nobel a chamou de "uma defensora dos direitos humanos e da democracia venezuelana";
- 2024: Nihon Hidankyo, organização composta por sobreviventes da bomba atômica de Hiroshima e Nagasaki durante a Segunda Guerra Mundial, em 1945, foi premiada "pelos seus esforços em favor de um mundo sem armas nucleares e por ter demonstrado, através de testemunhos, que as armas nucleares nunca mais deveriam ser utilizadas";
- 2023: a defensora iraniana dos direitos das mulheres Narges Mohammadi, presa no Irã, premiada "por sua luta contra a opressão das mulheres no Irã e por sua luta para promover os direitos humanos e a liberdade para todos";
- 2022: o ativista bielorrusso dos direitos humanos Ales Bialiatski, a organização russa Memorial e o Centro para as Liberdades Civis da Ucrânia, "por seus impressionantes esforços para documentar crimes de guerra, violações dos direitos humanos e abusos de poder";
- 2021: os jornalistas Maria Ressa (Filipinas) e Dmitri Muratov (Rússia), "por seus esforços para salvaguardar a liberdade de expressão, que é uma condição prévia para a democracia e uma paz duradoura";
- 2020: Programa Mundial de Alimentos da ONU (PMA), por "seus esforços na luta contra a fome, por sua contribuição para melhorar as condições de paz em zonas de conflito e por ter promovido esforços para não transformar a fome em uma arma de guerra";
- 2019: Abiy Ahmed, primeiro-ministro etíope, pela reconciliação entre seu país e a Eritreia;
- 2018: o ginecologista Denis Mukwege (República Democrática do Congo) e yazidi Nadia Murad, por seus esforços para acabar com o uso da violência sexual como arma de guerra;
- 2017: Campanha Internacional para Abolir Armas Nucleares (ICAN), por sua luta pela abolição deste armamento;
- 2016: Juan Manuel Santos, por ter contribuído para pôr fim a meio século de guerra interna na Colômbia;
- 2015: Quarteto para o Diálogo Nacional na Tunísia, que permitiu, então, salvar a transição democrática tunisina;



