Edu Lyra, fundador da ONG Gerando Falcões, que combate a pobreza e gera oportunidades de educação e desenvolvimento pessoal e profissional nas comunidades do Brasil, revelou que o projeto se prepara para atuar em comunidades do Rio Grande do Sul. Em entrevista ao Gaúcha Mais, na tarde desta quinta-feira (21), o empreendedor social deu detalhes das ações desenvolvidas pela instituição.
— A Gerando Falcões é um ecossistema de impacto social que atua em escalas em favelas do Brasil. A nossa missão é transformar a pobreza da favela numa peça de museu antes de Marte ser colonizado. Família a família, barraco a barraco, favela a favela. A gente tem isso como missão, fazer a superação da pobreza — explicou Lyra sobre o objetivo da ONG.
Em abril de 2023, o governador do RS, Eduardo Leite, assinou termo de compromisso para o incentivo ao desenvolvimento dos projetos da ONG no Estado. Conforme Lyra, nos próximos meses três comunidades gaúchas devem receber o Favela 3D, iniciativa que visa melhorias de infraestrutura em regiões de vulnerabilidade social.
— A gente faz uma grande transformação em favelas, tanto do ponto de vista físico, derrubando barracos, construindo casas, com parcerias para entregar iluminação, água potável, pavimentação, Wi-Fi, mas sobretudo uma transformação humana, reduzindo o analfabetismo, o desemprego de 70% para menos de 5%, como foi na Favela dos Sonhos (em São Paulo) — disse.
Em parceria com a ONG, o governo do Estado mapeia comunidades onde os índices de violência sejam mais elevados, para destinar os recursos. Lyra revela que uma das regiões que receberá investimentos é o Rubem Berta, na zona norte de Porto Alegre. Neste momento, o empreendedor social mobiliza fundos da iniciativa privada para somar aos recursos do governo. Ele destaca que possui uma agenda produtiva no Estado e que os projetos tendem a tomar “cada vez mais corpo com a sociedade gaúcha”.
— No próximo mês eu devo voltar para Porto Alegre para fazer um encontro com o empresariado para mobilizar fundos, para a gente criar um símbolo de superação da pobreza em favela de Porto Alegre e acender um farol que amanhã pode, eventualmente, ser escalado, iluminar a política pública e mostrar que a pobreza pode ser uma peça do museu e que a gente pode construir dignidade, pode reduzir a desigualdade e fazer todo mundo ter uma vida digna — destacou.