Morreu nesta sexta-feira (14), em Bento Gonçalves, Renan Proença, empresário e ex-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs). Aos 84 anos, ele foi vítima de falência múltipla dos órgãos. O velório será na Capela São José de Bento Gonçalves - Sala B, durante a tarde desta sexta. O corpo será cremado na manhã deste sábado (15), no Memorial Crematório São José de Caxias do Sul.
Filho de pai brasileiro e mãe uruguaia, Francisco Renan Oronoz Proença esteve à frente de importantes setores da indústria gaúcha. Foi presidente da Fiergs entre os anos de 1999 e 2005. Antes disso, tinha sido diretor do Sindicato das Indústrias de Artefatos de Couro no Estado do Rio Grande Do Sul (Sindicouro-RS) por vários mandatos.
O empresário nasceu em Quaraí, na fronteira oeste do RS, de onde saiu quando foi estudar Farmácia e Bioquímica na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre. Foi lá que conheceu a esposa, Yeda Lúcia Fasolo Proença. Em 1959, após formado, retornou à cidade natal para abrir um laboratório de análises clínicas.
Logo em seguida, foi convocado para atuar no curtume Fasolo, empresa do sogro José Fasolo, fundada em 1917, em Bento Gonçalves. Proença atuou em vários setores dentro da empresa até assumir a presidência do Grupo Fasolo, posto que geriu até poucos anos atrás, quando se afastou por conta da idade avançada.
Além disso, esteve à frente de entidades como o Centro da Indústria Fabril de Bento Gonçalves, do qual foi presidente entre 1979 e 1981. Em 1983, assumiu a diretoria do Sesi-RS e alternou entre as vice-presidências da Fiergs e do Centro das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Ciergs), quando foi um dos responsáveis pela edificação da nova sede, em Porto Alegre, localizada na Avenida Assis Brasil, local onde mais tarde foi construído o Teatro do Sesi e o Pavilhão de Exposições. Atualmente, este espaço corresponde ao Centro de Eventos Fiergs.
O jornalista Nikão Duarte, que trabalhou com Proença durante os seis anos de mandato na Fiergs e que mantinha uma relação de amizade com o empresário desde então, relembra com carinho do amigo.
— Ele era encantador, uma pessoa que valorizava e prestigiava a comunicação. Durante os seis anos em que trabalhamos, tive um aprendizado enorme observando a forma atenta com que ele lidava com a imprensa — detalha o jornalista.
Nikão ainda define Renan Proença como uma pessoa muito franca, humilde, com uma responsabilidade social ímpar e que prezava sempre por uma relação próxima com os seus funcionários. Destaca, ainda, a forte ligação de Proença com a família, seja com a esposa, os filhos Carolina e Márcio ou com netos.