Uma história de solidariedade entre professores comoveu a internet nos últimos dias. O norte-americano Robert Goodman, 56 anos, professor de Ensino Médio em Palm Beach, na Flórida, nos EUA, luta contra um câncer de cólon.
Para conseguir realizar o tratamento de quimioterapia, Goodman precisava de mais 20 dias, sem ter o salário descontado. O professor recorreu à internet: de dentro do hospital, fez uma selfie, que postou junto de um texto pedindo pelas doações, no Facebook. O engajamento foi tão grande que, em quatro dias, ele já havia conseguido os dias necessários para que pudesse se tratar durante todo o semestre. As informações são do jornal O Globo.
Goodman ministra a disciplina de história na Palm Beach Gardens Community High School há 23 anos e descobriu o câncer de cólon em abril. Desde então, ficou conhecido por documentar sua luta em postagens no Facebook. As aulas no colégio começaram em 13 de agosto, já com o professor fora da sala de aula.
Segundo o Globo, com a mobilização não só de professores, mas de outros servidores de educação, diretores e até merendeiros, 75 dias de licença foram transferidos para Goodman, quase o quádruplo dos 20 necessários.
— Não fiquei surpreso em ver professores doando, eles já são acostumados a isso. Quando um deles precisa de ajuda, todos sempre se organizam — afirmou o Goodman à CNN.
O professor espera que sua história "inspire outras pessoas" e preze pela "boa vontade dos doadores".
— Qualquer um pode ter câncer, mas nem todos são capazes de ajudar — finalizou.
Doação de licença? Como é possível?
Ao jornal People, uma porta-voz da escola explicou que, no início do ano letivo, professores ganham o direito a quatro dias de licença médica. Até o final de um contrato de 10 meses, eles continuam a receber esses dias, uma soma que pode chegar até 10 dias por período escolar.
Estes tanto podem ser cancelados quanto podem ser retirados quando eles se aposentam ou podem ser transferidos –o que aconteceu no caso de Goodman.