Em busca de atividades para a terceira edição da Virada Sustentável, prevista para ocorrer entre os dias 6 e 8 de abril em Porto Alegre, organizadores abriram o edital de seleção de projetos. No site do evento podem ser encontrados o regulamento e a ficha de inscrição, que estará aberta até o dia 12 de janeiro. Os resultados serão divulgados na primeira quinzena de fevereiro de 2018.
Conforme Vitor Ortiz, um dos coordenadores da ação, o processo foi iniciado com antecedência para que mais projetos possam ser selecionados, dando mais tempo para esquematizar a virada. Segundo ele, iniciativas de diversas áreas são esperadas.
— Não procuramos apenas projetos ambientalistas, militantes. Queremos trabalhos que estimulem o empreendedorismo, a coletividade, que busquem o bem-estar, como sessões de yoga e heike, a alimentação saudável, que incentivem a cultura e o esporte. Ações que unem, por exemplo, o uso de ferramentas digitais com a proposta de sustentabilidade também são bem-vindos.
Ortiz explica que existem três modalidades possíveis para as atividades. As que não precisam de financiamento nem de estrutura para participar do evento (pois podem ser realizadas a qualquer momento e local), as que necessitam apenas de apoio logístico e as que precisam de apoio financeiro e indicação de local para ocorrer. Após a seleção dos projetos, a verba será arrecadada para a execução das atividades, mas o projeto não tem fins lucrativos: cobre apenas o custo de sua própria realização. Outros locais podem ser sugeridos como ecopontos, para aumentar a abrangência da iniciativa.
Na edição de 2017, 151 projetos foram inscritos e 77 foram aprovados. A expectativa é dobrar os números no próximo ano. Na primeira edição, em 2016, a iniciativa reuniu um público de 30 mil pessoas. Em 2017, foram 50 mil. A estimativa para 2018 é de que 60 mil integrem as atividades, além de cerca de mil pessoas envolvidas diretamente na realização do evento.
Com apoio da prefeitura de Porto Alegre, que cede os locais, o evento é produzido por uma série de produtores culturais, empresas, ONGs e movimentos.
A iniciativa surgiu em São Paulo, e as realizações em todo o país são inspiradas pelos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), definidos pela ONU, que representam uma tradução do que é a sustentabilidade. Para 2018, os temas da edição de Porto Alegre estão relacionados a sete desses objetivos, e foram escolhidos de forma colaborativa.