A Fundação Pão do Pobres está com inscrições abertas para um projeto-piloto que busca aproximar a população da realidade de algumas crianças e adolescentes atendidos pela instituição. O programa Apadrinhamento Afetivo promove vínculo entre os acolhidos e aquelas pessoas que têm afeto de sobra para compartilhar.
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A iniciativa foi inspirada em outros projetos deste tipo que já funcionam em Porto Alegre. Inicialmente, por limitações estruturais, os interessados em apadrinhar devem morar na Capital ou em Viamão. Não há exigência de renda, gênero ou estado civil, tampouco participar do apadrinhamento significa adoção, mas uma regra é estabelecida de antemão: o padrinho tem de ter, no mínimo,10 anos a mais do que o apadrinhado.
Atualmente, a Pão dos Pobres, que atende cerca de 1,3 mil pessoas em seus programas, conta com 30 crianças e adolescentes, entre sete e 18 anos, aptos a terem padrinhos. Todas elas estão destituídas do poder familiar, ou seja, não têm mais contato com suas famílias de origem. Todo o processo é orientado pelo Judiciário e por equipes de psicólogos e assistentes sociais que já atuam nas quatro casas de acolhimento da instituição, cada uma com 20 vagas de atendimento.
– Todo o tempo, desde a escolha do padrinho, fazemos este acompanhamento, para garantir a autonomia e o bem-estar da criança, que é a nossa principal preocupação – diz a psicóloga Mariana Fernandes, que participou da implementação do programa.
O primeiro passo para se tornar um padrinho é enviar um e-mail demonstrando interesse em participar do programa. Depois disso, as equipes marcam entrevistas e informam os documentos que devem ser apresentados. Concluída essa etapa, os candidatos a padrinho participam de oficinas de sensibilização. Nesta primeira edição, esses encontros devem ocorrer em meados de agosto. Um cronograma é estabelecido entre o interessado e os profissionais da fundação.
Mariana explica que o apadrinhamento não tem uma rotina pré-definida, como número de visitas rígido ou passeios obrigatórios. A evolução - ou não - da aproximação entre padrinho e apadrinhado se dará de acordo com o vínculo afetivo que estabelecerem.
– Cada relação é criada de uma forma, e ela só seguirá enquanto for boa para ambos – diz a psicóloga.
As inscrições para o Apadrinhamento Afetivo da Fundação Pão dos Pobres seguem até 31 de julho. A experiência neste projeto-piloto determinará a frequência com que a instituição abrirá oportunidades futuras.
Serviço
Apadrinhamento Afetivo
Interessados podem solicitar informações pelo e-mail apadrinhamentoafetivo@paodospobres.com.br.
Até 31 de julho
Pão dos Pobres
Rua da república, 801 - Cidade Baixa - Porto Alegre / RS
Telefone: (51) 3433-6921 e 3433-6902