Crédito: NASA/JPL-Caltech
Cientistas descobriram o exoplaneta gigante mais quente já registrado. Com temperaturas que superam os 4.300°C, o novo exoplaneta – como são chamados os planetas existentes fora do Sistema Solar – é mais quente do que a maioria das estrelas e apenas 1.000°C mais frio do que o Sol.
O calor extremo do novo planeta é causado pela radiação ultravioleta de sua estrela-mãe, batizada de Kelt-9, que tem o dobro do tamanho e da temperatura do Sol. O exoplaneta está tão próximo de sua estrela que dá uma volta completa nela em apenas 36 horas. Com uma massa 2,8 vezes maior do que a de Júpiter, o exoplaneta tem apenas a metade de sua massa, pois sua atmosfera incha como um balão, segundo os cientistas.
Leia mais
Brasil lança ao espaço satélite que será usado para comunicações e defesa
SpaceX levará dois turistas ao redor da Lua em 2018
Nasa anuncia descoberta de sistema de planetas semelhantes à Terra
– Trata-se de um planeta, por qualquer uma das definições típicas com base na massa, mas sua atmosfera é provavelmente muito diferente da que já encontramos em qualquer outro, por causa de sua temperatura – disse o autor principal do estudo, Scott Gaudi, da Universidade Estadual de Ohio.
Segundo Gaudi, a descoberta é útil para estudar como os planetas morrem. A radiação ultravioleta que chega ao novo exoplaneta é tão intensa que poderá fazer com que ele literalmente evapore no futuro, o que formaria no entorno uma cauda semelhante à de um cometa. Mas, caso ele tenha um núcleo rochoso, poderá tornar-se um pequeno planeta estéril e quente, como Mercúrio. Outra possibilidade é que, por causa da proximidade com a Kelt-9, ele acabe tragado pela estrela, caso ela comece a se expandir.
– A Kelt-9 deverá se expandir e se tornar uma gigante vermelha em cerca de 1 bilhão de anos – disse Gaudi.